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Acervo resgata memórias de moradores do Complexo do Alemão

Projeto conta com relatos dos moradores mais antigos do bairro do Rio de Janeiro
A imagem mostra uma visão panorâmica, explorando toda a paisagem do Complexo do Alemão

Foto: Marcelo Horn/Governo do Rio

18 de dezembro de 2023

No último sábado (16), foi lançado o Acervo Memórias Faveladas, projeto que prevê a construção de um acervo de memórias relacionadas ao contexto histórico do Complexo do Alemão (CPX) a partir dos relatos de seus moradores mais antigos. A iniciativa é uma realização do Instituto Raízes em Movimento, em parceria com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fiocruz.

O material digital reunido — artigos acadêmicos, entrevistas, documentários e pesquisas realizadas em outras linguagens — está disponível no portal do Centro de Pesquisa, Memória de Documentação do Complexo do Alemão (CEPEDOCA). O acervo está ligado ao Icict, que oferece apoio técnico e estrutural ao projeto.

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A construção de um acervo sobre o CPX visa resgatar as memórias e as vivências cotidianas dos próprios moradores, trazendo uma nova visão de dentro para fora do Complexo do Alemão. Cada morador poderá elaborar sua identidade coletiva tendo a favela como protagonista nessa construção. Com isso, fazer uma aproximação entre o hoje e o passado, para construir uma narrativa positiva e mais próxima da realidade local, contrapondo a ótica estigmatizada, que, segundo o projeto, já se tornou comum em diversos meios.

“A imagem do bairro do Complexo do Alemão, representada historicamente nos canais de comunicação, ainda contribui diretamente para a redução da autoestima da população. Este projeto vem contribuir para a construção da identidade deste bairro de trabalhadoras e trabalhadores que movimentam essa cidade cotidianamente e elaboram alternativas para sua sobrevivência, mesmo tendo seus direitos mais básicos negados desde sua gênese”, afirma o Instituto Raízes em Movimento, em nota de divulgação do projeto.

O instituto ainda afirma que, além de legitimar as produções de conhecimentos, sobretudo no campo social e cultural, nas favelas, o projeto é uma jornada para incentivar outras comunidades e periferias a preservar suas memórias da mesma forma.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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