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Amor entre mulheres negras é celebrado em clipe da sambista Marina Iris

Em "Tô a Bangu", a cantora contracena com sua companheira, a atriz Luiza Loroza, tendo o Rio de Janeiro como cenário e a roda de samba como ponto de encontro

Texto: Patricia Santos | Foto: Angelino Albanezi

Imagem mostra a cantora Marina Iris e sua companheira Luiza Loroza sorrindo uma para a outra.

Foto: Foto: Angelino Albanezi

13 de setembro de 2023

Marina Iris, expoente do samba carioca, lançou o clipe de sua versão da música “Tô a Bangu”, canção de Arlindo Cruz e Franco que narra uma emocionante história de amor entre duas mulheres. O clipe conta com a atuação de sua companheira, a atriz e diretora Luiza Loroza, filha do também ator Serjão Loroza. A trama se desenrola numa sucessão de desencontros que culmina em um encontro explosivo e intenso numa roda de samba.

Os trilhos das estações cariocas formam o cenário, que passa pelo Bar do Adalto, queridinho dos sambistas, e termina no mais novo point da juventude, a Mureta da Lapa. Já a composição apresenta um jogo de palavras com nomes de bairros e regiões do Rio de Janeiro.

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“A roda de samba é uma experiência estética e afetiva profunda: abarca todos os sentidos e nos ensina a celebrar nossa memória”, conta Marina Iris.

A canção integra o mais recente trabalho da sambista, “Virada”, disponível nas principais plataformas digitais. Sem deixar de lado sua trajetória engajada, vista nos álbuns “Rueira” (2018) e “Voz Bandeira” (2019), este dedicado à vereadora assassinada Marielle Franco, o seu quarto álbum solo conta com dez faixas sobre relacionamentos amorosos e apresenta uma linguagem popular, com sonoridade fiel às rodas de samba que povoam ruas e praças do Rio de Janeiro.

As canções foram gravadas com um time de convidados muito bem escalado, que inclui os cantores Péricles, Diogo Nogueira, Lenine, Moacyr Luz e Renato da Rocinha, além das cantoras Amanda Amado, Deborah Vasconcelos e Marcelle Motta. A produção musical do disco é de Vitor de Souza, jovem instrumentista que vem despontando na cena do samba/pagode, e a direção artística é assinada por Marina com o compositor e produtor Eduardo Familião.

Trajetória premiada

Em 2017, a música “Virada” de Marina Iris foi eleita a “Música do Ano” em crítica realizada no jornal O Globo. Em 2018, a cantora se apresentou com a Orquestra Jazz Sinfônica, na celebração dos 60 anos do compositor Moacyr Luz, no Memorial da América Latina. Em 2022, ganhou o Prêmio Alcione, da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro, na categoria “Cantora do Ano”.

Além dos trabalhos individuais, Marina assinou a direção artística de alguns trabalhos coletivos e shows de outros artistas do samba: “ÉPreta”, em 2017 (projeto idealizado pela cantora e que foi finalista do Prêmio da Música Brasileira em 2018), Canto em Movimento (2022), Canto de Rainha (2023), entre outros.

Confira o clipe:

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