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Deia Freitas, o rosto e a voz por trás do podcast de sucesso Não Inviabilize

"Quando você é uma pessoa que tem uma projeção e está crescendo, as pessoas tendem a achar que você é uma pessoa branca", relata a podcaster sobre comentários feitos pelo público

Texto: Roberta Camargo | Edição: Nataly Simões | Imagem: Reprodução

Deia Freitas, podcaster do Não Inviabilize

22 de março de 2021

Dona da voz que conquista muita gente na internet, Deia Freitas (45) se define como uma contadora de histórias, apaixonada pelo resgate e cuidado de animais. Formada como psicóloga, a comunicadora e autora do podcast “Não Inviabilize” conta que gosta de escrever, mas que mesmo com planos para o futuro mostrar os escritos para outras pessoas ainda é um desafio por causa da timidez. 

Entre os hábitos adquiridos no período de isolamento social, Deia afirma que fez um movimento oposto ao de outras pessoas. “Eu sou aquela pessoa que se você me falar que está vendendo pão, eu vou comprar. Já fiz curso de culinária, mas tenho muita preguiça”, conta.

Durante a pandemia a comunicadora criou o “Não Inviabilize”, conteúdo em áudio que passou mais de um ano sendo compartilhado com apoiadores pelo Telegram e que, agora, ganhou espaço nas plataformas de streaming como podcast.

Qual é a cor de quem cresce?

“Ainda fico chocada com os números, é outra coisa que me paralisa. A gente está chegando em 5 milhões de plays”, relata a podcaster. Com o aumento de plays e o crescimento de sua popularidade no ambiente virtual, Deia relembra que surgiram também os episódios desagradáveis. “Logo que eu comecei com o podcast, as pessoas achavam que eu era branca e comentaram isso em uma foto que eu postei”, descreve.

“Não gosto de tirar foto, não gosto de me expor”, explica a psicóloga, que relembra um dos comentários feitos na foto postada. “Como eu usava o avatar do cachorro de peruca, tinha gente que comentava que preferia o cachorro de peruca”, revela. Após os comentários racistas, Deia apagou a postagem e diz que deixou de dar tanta atenção aos comentários. “Eu tenho que justificar o porquê eu não sou a pessoa branca que acharam que eu fosse?”, questiona. 

O “Não Inviabilize”

A comunicadora conta que as pessoas mandavam DM [mensagem direta] para ela no Twitter pedindo conselhos. A partir daí, ela decidiu compartilhar na timeline para outras pessoas comentarem. Depois, com o crescimento do “Amor nas Redes”, surgiu a ideia de criar uma comunidade no Telegram.

Quando o projeto se tornou um podcast, a podcaster conta que veio junto a decisão de dividir o conteúdo postado por editorias. As ciladas ficam no “Picolé de Limão”; as narrativas mais felizes, que falam de amizade, relacionamento e família em o “Amor nas Redes”; no “Luz Acessa” ficam as histórias que envolvem fatos extraordinários. Já as histórias engraçadas e que revelam mais sobre a apresentadora ficam no “Mico Meu”; e, por fim, na editoria “Patada” ficam as histórias que tem como protagonistas os bichinhos de estimação.

não inviabilizeA editoria que gera muitos comentários no Twitter reúne histórias de grandes ciladas vividas pelo público. (Imagem: Reprodução)

O público tem canal aberto na DM e nos e-mails para enviar as histórias, que são adaptadas com nomes fictícios criados pela podcaster, que também une episódios que ela mesma viveu na hora de contar as histórias. Entre tudo que já foi ao ar até agora, Deia revela à Alma Preta quais episódios estão entre os prefiridos dela: “Sorte“, que conta a história de adoção, “Portugal“, onde quem ouve sente a raiva junto com ela e “Paquera“, episódio em que é possível conhecer um pouco mais sobre ela.

A partir da colaboração dos ouvintes e leitores feito pelo “apoia-se”, Deia explica que os planos para o podcast envolvem novas editorias e uma organização mensal do que deve ser publicado. Além disso, a acessibilidade é um dos objetivos da podcaster. “Eu já consegui transcrever todos os episódios porque eu quero ter as histórias também em libras. Eu tenho muitos planos de tornar o podcast acessível para todas as pessoas, então eu vou usando todo o dinheiro pra isso”, conclui.

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