Resultado de três anos de pesquisa do Observatório Fluminense, da Universidade Federal Rural do Rio e Janeiro (UFRRJ), junto ao Fórum Grita Baixada, a publicação traz um mapeamento e diagnóstico do desaparecimento de pessoas nas cidades da Baixada Fluminense, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
O livro “Desaparecimento Forçado: Vidas Interrompidas na Baixada Fluminense”, será lançado nesta sexta-feira (5), na Livraria Folha Seca, no Centro do Rio. O evento gratuito terá início às 17h e conta com a participação do Grupo Tortura Nunca Mais.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
A obra é de autoria de Adriano de Araújo, Nalayane Pinto, Jaqueline Gomes, Amanda Covelo, José Cláudio Alves e Augusto Perillo, e aborda os principais contextos dos desaparecimentos forçados relacionados a grupos armados, sendo eles agentes de segurança do Estado, milicianos ou traficantes.
A classificação de ‘desaparecimento forçado’ ainda não é tipificada como crime específico na legislação brasileira, o que dificulta a produção de dados e as investigações sobre o tema. A pesquisa busca dar visibilidade a esses casos que, apesar da recorrência, são poucos conhecidos no país.
Mães e familiares das vítimas participam da pesquisa com relatos e entrevistas, apresentando o ponto de vista de quem vive a dor da perda sem o direito ao luto e a confirmação da morte.
Além disso, a pesquisa analisa dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), em relação ao número de pessoas desaparecidas, homicídio doloso e mortes por intervenção policial entre os anos de 2016 e 2020. Também foram consideradas 1.738 denúncias do Disque denúncias do RJ, 36 notícias de veículos locais e 154 postagens nas redes sociais.