O rapper, cantor, compositor e escritor Emicida recebeu nesta segunda-feira (18) o prêmio e colar de Honra ao Mérito Legislativo, que homenageia pessoas com relevância cultural, política e econômica no estado. A cerimônia foi aberta ao público no Plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Indicado pela Bancada Feminista do PSOL, Emicida falou sobre a importância do movimento Hip-Hop em sua vida, principalmente das batalhas de rima, e as músicas que salvaram sua vida, e de outras pessoas.
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“A cultura Hip-Hop é maravilhosa, eu devo a ela tudo o que eu tenho. Foi a partir de um disco de rap que senti que minha pele era bonita, que meu cabelo era bonito, que eu descendia de um povo importante”, afirmou o homenageado durante a cerimônia.
O também rapper Rashid esteve na cerimônia. O músico lembrou o passado, quando dividia com Emicida um lanche de R$ 2 em Santana, Zona Norte de São Paulo e comentou sobre a posição que o cantor alcançou: premiado com Grammy Latino e homenageado em uma noite especial para o rap brasileiro.
“É um absurdo o que esse cara fez. Visionário. Eu vi de onde esse cara veio, eu vi a fé e a revolta nos olhos dele de quando a gente ia e voltava dos eventos de barriga vazia. Eu vi ele dizer não a propostas indecorosas, mesmo sabendo que aquele dinheiro, insuficiente, ainda era mais do que a gente tinha no bolso […]. Sua música salva, sua trajetória é linda e inspiradora. E algo me diz que é só o começo“, disse Rashid, durante a transmissão do ato solene.
Em 2009, Emicida lançou sua primeira mixtape, “Pra Quem Já Mordeu um Cachorro por Comida, até que Eu Cheguei Longe…”. O álbum mais recente do músico, “AmarElo”, de 2019, ganhou o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa. O escritor também já lançou dois livros infantis: “Amoras” (2018) e “E Foi Assim Que Eu e a Escuridão Ficamos Amigas” (2020).