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Escolas apostam em sambas de enredo amazônico no Carnaval 2024

Acadêmicos do Salgueiro e Império de Casa Verde vão homenagear ícones culturais da região
Imagem mostra integrantes da Império de Casa Verde durante primeiro ensaio técnico da escola.

Foto: Portal Carnavalesco

27 de janeiro de 2024

Na última edição do Carnaval do Rio de Janeiro, em 2023, duas escolas de samba homenagearam a fé, o imaginário de mitos, lendas amazônicas e os bois-bumbás Garantido e Caprichoso.

Com o tema “A Invenção da Amazônia: Um delírio do imaginário de Júlio Verne”, a Porto da Pedra foi destaque na Marquês de Sapucaí, enquanto a Unidos da Vila Isabel homenageou o Festival de Parintins com o enredo “Nessa festa, eu levo fé”, no Grupo Especial.

Este ano, no Carnaval de 2024, ícones culturais da região também foram escolhidos para brilhar na passarela do samba nos enredos da Acadêmicos do Salgueiro e da Império de Casa Verde.

Com o título “Hutukara”, que na língua yanomami significa “o céu original a partir do qual se formou a terra”, o samba-enredo da Salgueiro pretende levantar a bandeira pela defesa da Amazônia e exaltar o povo Yanomami, um dos mais atingidos por conflitos ligados à mineração. Confira um trecho do enredo:

“Você diz lembrar do povo Yanomami em dezenove de abril,

Mas nem sabe o meu nome e sorriu da minha fome,

Quando o medo me partiu

Você quer me ouvir cantar em Yanomami pra postar no seu perfil

Entre aspas e negrito, o meu choro, o meu grito, nem a pau Brasil!”

A Império de Casa Verde, por sua vez, vai homenagear a cantora e compositora, ‘a cabocla mística’ Fafá de Belém no Carnaval de 2024, com o enredo: “Fafá, a Cabocla Mística em Rituais da Floresta”.

Com mais de 30 álbuns gravados, Fafá de Belém é uma lenda da música popular brasileira e uma das principais representantes da cultura nortista nacionalmente. 

A narrativa vai contar a história da artista por meio de aspectos de sua vida e carreira, que se relacionam misticamente com a amazonidade das tradições, festejos culturais e religiosos dos povos originários e ribeirinhos. Confira um trecho do enredo:

“Estrela que nasce sob o céu de Kanapi

Senhora das águas, tem o lume de Jaci

Melodia dos romeiros, do vento e da chuva

É Maria dos Jurunas, todo mundo quer ouvir”

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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