Lélia Gonzalez é a homenageada da edição desta sexta-feira (12) do “Estação Livre”, programa da TV Cultura. A morte da ativista e intelectual negra completou 30 anos na última quarta-feira (10) e sua obra e pensamento continuam a reverberar na academia e nas artes.
Para homenagear Lélia, a apresentadora Cris Guterres recebe Neusa Maria Pereira, jornalista e uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU), e Lara Miranda, pesquisadora e doutoranda em sociologia.
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Além disso, o Estação Livre exibe entrevistas com Aline Bispo e Flávia Rios, matérias sobre o acervo deixado por Lélia ao terreiro Ilê da Oxum Apará, reportagem sobre a nova estátua criada em Belo Horizonte (MG) para homenageá-la, e sobre a exposição “Línguas Africanas”, no Museu da Língua Portuguesa, que dialoga diretamente com o conceito de “pretuguês”, elaborado pela intelectual.
Para Flavia Rios, “Lélia é, de fato, uma autora que se diferenciou muito da tradição dos intelectuais tradicionais. Ela tem um investimento grande em entender matrizes do pensamento que não são acadêmicos e isso também está na obra dela”, aponta.
Já para Neusa, que conviveu com Lélia no MNU, “o principal pensamento da Lélia foi a importância que ela deu para a educação” diz. “Eu gosto da Lélia porque ela era uma mulher negra de fato. Ela não foi aprender a ser negra na universidade”, completa.
A valorização da cultura negra é um dos focos do “Estação Livre”, que estreou em abril de 2021. O programa é exibido todas as sextas, às 22h, na TV Cultura.