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Iphan firma termo para preservar cultura afro em Belo Horizonte

A iniciativa pretende incentivar a realização de festas, oficinas e pesquisas sobre a cultura negra na capital mineira
Imagem mostra o cortejo da Guarda Moçambique 13 de Maio, em Belo Horizonte.

Foto: Priscila Musa

30 de janeiro de 2024

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais formalizou um Termo de Colaboração para promover a manutenção e a valorização das tradições culturais afro-descendentes. A política será realizada por meio da realização de festas, oficinas e incentivos à literatura em Belo Horizonte (MG).

A iniciativa visa preservar as tradições do Reinado, especialmente as guardas de Moçambique e Congo de 13 de Maio de Nossa Senhora do Rosário. A expressão cultural envolve 34 grupos em Belo Horizonte, com 80 a 120 participantes cada. 

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A verba, no valor de R$ 488.762,00, é fruto de emenda parlamentar da deputada federal Aurea Carolina (PSOL-MG), destinada a projetos de preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro no estado. 

O projeto abrange também a realização das Embaixadas do Boi da Manta, programadas para ocorrer de 1° a 13 de maio nos dois anos de execução. A tradição popular na região envolve um cortejo com pessoas trajadas de bois, cobertas por mantos e mascaradas, que saem às ruas ao som de músicas locais.

Além das festividades especiais, o Termo de Colaboração firmado tem como objeto a manutenção do calendário de dez festas tradicionais ao longo de dois anos, como a Festa de Oxossi, a Festa de Ogum, a Festa dos Pretos Velhos e a Festa de Erês. 

Quatro oficinas com diversos temas também serão oferecidas, como a capoeira de Angola, a culinária do Sagrado Afro Mineiro, diferentes tipos de bordados e confecção de estandartes e vivências sensoriais sobre os ritmos e toques do Rosário.

A iniciativa contempla ainda a realização de uma pesquisa para a produção e publicação de um livro, com tiragem de 500 exemplares, sobre a Guarda Treze de Maio, na perspectiva da atual rainha conga e liderança feminina, Rainha Isabel Casimira Gasparino.

O projeto atua na preservação do Patrimônio Cultural brasileiro, focando nos Reinados e Congados, tradições em processo de registro no Iphan. A expectativa é de que, em breve, esses costumes sejam oficialmente reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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