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Iuna Falcão lança álbum com referências culturais do Maranhão

O álbum com 14 faixas é o primeiro da cantora nordestina e tem Lazzo Matumbi, Theodoro Nagô e Xênia França no repertório
A cantora Iuna Falcão deitada de lado em foto de divulgação de seu primeiro álbum.

Foto: Lucas Cordeiro/Divulgação

7 de novembro de 2023

A cantora maranhense Iuna Falcão lançou nas plataformas digitais seu primeiro álbum, chamado “Transe”. Nele, os ouvintes podem conferir o encontro diaspórico entre os gêneros ancestrais do Maranhão.

Em seus lançamentos a artista tem mostrado uma voz potente, autêntica e contemporânea, além de representar o novo gênero musical: Música Preta Brasileira, que ressignifica a sigla MPB.

Transe é uma narrativa sonora sobre as referências de vida de Iuna. Na chegada, o som se apresenta como jazz, R&B cibernético maranhense, mas depois segue polifonia das linguagens territoriais.

Segundo a cantora, os arranjos foram criados com base no estudo dos sistemas de claves rítmicas do maestro Lettieres Leite, o Universo Percussivo Baiano (UPB) e as músicas do álbum assumem uma perspectiva visual, que honra a diversidade cultural de São Luís, capital maranhense.

“O conceito do álbum gira em torno da presentificação de ancestrais vivos, seja através das letras, ou através das referências musicais expressas na melodia e no arranjo. O tema principal a ser abordado, além da força da mulher negra, é a cultura maranhense. A estética que buscamos trazer está baseada nos instrumentos percussivos maranhenses, mas carrega também referências do hip hop dos anos 1990 na bateria, juntamente com os sintetizadores do teclado que trazem uma energia futurística”, diz a artista.

O álbum conta com Lazzo Matumbi, Theodoro Nagô e Xênia França no repertório. O primeiro álbum de Iuna tem direção musical e arranjos de Lucas Cirillo. As canções “Silêncio” e “Segredo Solar” foram indicadas aos prêmios Multishow e Rádio Educadora, respectivamente.

O trabalho conta com 14 faixas, entre elas músicas já lançadas e um interlúdio. “Feito Duna”, a primeira faixa do disco, carrega o nome de Iuna na letra e instiga os ouvintes por ser uma energia de mistério, revelação, algo a ser descoberto.

Antes da última faixa, a Cantiga Vihdavice abre para “À Maria”, que apresenta a energia de canção de ninar. “Fala sobre o acalante de Iemanjá com seus filhos, então utilizamos muito dos synths para trazer essa sensação de água de mar, de leveza e delicadeza”, finaliza Iuna.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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