A professora e líder quilombola Ivone Lopes Siqueira lançou o livro “A Folia de Nossa Senhora do Rosário no quilombo Patauá do Umirizal”. A obra é fruto de uma pesquisa realizada como parte do programa “Ciência na Comunidade – Mulheres Quilombolas Pesquisadoras”, promovido pela Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP).
Na publicação, a autora conta a história de criação do Quilombo Patauá do Umirizal, situado no município de Óbidos, no Pará, e apresenta uma etnografia da folia de Nossa Senhora do Rosário.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
A festividade é uma das principais manifestações culturais do quilombo, sendo um símbolo importante da identidade da comunidade. Ivone descreve a prática como uma tradição afrodescendente de longa data: “deve ser considerada histórica e repassada de geração para geração”, ressalta.
A professora também abrange temas como a regularização do território, uma luta que se desenrola há duas décadas. O processo foi aberto no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2004, mas somente em 2016 a comunidade recebeu da Fundação Cultural Palmares a certidão de autodefinição. Até o momento, nenhuma etapa avançou rumo à titulação.
O projeto “Ciência na Comunidade”, por sua vez, foi implementado pela CPI-SP em 2022. Nove educadoras quilombolas foram selecionadas para receber três meses de bolsa de pesquisa, além de notebooks e orientação técnica para conduzir estudos em suas comunidades.
Baixe aqui o livro “A Folia de Nossa Senhora do Rosário no quilombo Patauá do Umirizal” na íntegra.