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‘Música africana é diversa’: Tyla critica VMA ao receber prêmio de afrobeats

A artista expressou sua insatisfação com a classificação genérica das canções do continente
A cantora sul-africana Tyla recebeu o prêmio de “Melhor Afrobeats” no MTV Video Awards 2024.

Foto: Angela Weiss/AFP

12 de setembro de 2024

A cantora sul-africana Tyla recebeu o prêmio de “Melhor Afrobeats” no MTV Video Awards 2024 pela música “Water”, nesta quarta-feira (12). O evento aconteceu na UBS Arena de Long Island, em Nova York. Ao receber a premiação, a artista expressou sua insatisfação com a classificação genérica das canções do continente

“A música africana também pode ser pop. Sei que há uma tendência de colocar todos os artistas africanos sob o rótulo de ‘afrobeats’. Embora esse ‘afrobeats’ tenha dominado e aberto tantas portas para nós, a música africana é muito diversa”, defendeu a dona do hit amapiano.

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Ao lado de Tyla, também foram indicados à categoria Ayra Starr ft. Giveon – “Last Heartbreak Song”, Burna Boy – “City Boys”, Chris Brown ft. Davido & Lojay – “Sensational”, Tems – “Love Me JeJe” e Usher ft. Pheelz – “Ruin”, na pemiação que também contou com uma apresentação de Anitta. A brasileira também ganhou o troféu “best latin” com “Mil Veces” e se tornou a maior vencedora da categoria.

O termo “afrobeats” é uma classificação genérica para a música pop contemporânea feita na África Ocidental e diáspora. O estilo surgiu por volta dos anos 2000 em países como Nigéria e Gana e é caracterizado por batidas por minuto que vão de 95 a 190.

Os artistas locais preferem usar os nomes específicos de cada subgênero, como amapiano, pon pon music, afro-adura, street-hop, emo-afrobeats, afro-piano e alté, em vez de se referirem simplesmente a “afrobeats”.

No Brasil, o rapper paulista Rincon Sapiência é uma das maiores referências do gênero musical. Em 2017, canções como “Ponta de Lança (Verso Livre)” e “A Coisa Tá Preta” ganharam destaque no Brasil e solidificaram a sua posição no cenário do rap brasileiro. 

A partir da influência da música africana, Rincon trata de temas como racismo, resistência e identidade cultural para retratar o cotidiano do país com criatividade e originalidade.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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