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Plataforma reúne registros sobre a presença de negros no teatro

A iniciativa é resultado de uma jornada de experiências, paixões e momentos de autodescoberta da pesquisadora Deise de Brito
Imagem mostra Deise de Brito, fundadora do Arquivos de Okan. Ela é uma mulher negra, de cabelos cacheados e iluminados e está atrás de uma cadeira azul.

Foto: Mônica Cardim

12 de outubro de 2023

Desenvolvido pela pesquisadora e artista Deise de Brito, Arquivos de Okan é uma plataforma que reúne registros de artistas negros das artes cênicas, assim como suas produções, a partir das relações entre corpo, memória, ancestralidade e arquivo.

O projeto foi idealizado 15 anos atrás, quando Deise decidiu mergulhar no universo dos arquivos e passou a cultivar a paixão pela pesquisa documental. Segundo a pesquisadora, a plataforma é uma jornada de afeto e celebração entre artistas negros nas artes cênicas.

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Dividida em seis módulos a sessão “Trajetos Apreciativos” é um convite para as pessoas se conectarem com experiências, vivências, encontros, performances e obras cênicas a partir de textos produzidos por diferentes pesquisadores e artistas.

Na aba, “Escritas de Okan”, a ideia é compartilhar produções escritas que jogam entre ficção e detalhes biográficos a respeito de artistas negros e/ou grupos das artes cênicas vivos, e mobilizam percepções com seus deslocamentos poéticos.

A sessão “Lugares” apresenta registros audiovisuais em territórios e regiões diversas, no caminho da perspectiva de que lugares não somente contam histórias como também recriam memórias.

Em “Estradas”, há links com artigos, dissertações e ensaios da autora a respeito de pessoas negras das artes cênicas, já falecidas, como Grande Otelo (1915-1993) e Josephine Baker (1906-1975), que nutrem os caminhos das gerações contemporâneas e que alimentaram e ajudam a amadurecer continuamente a ideia da plataforma.

O “Núcleo Vênus Negra”, grupo fundado em 2014, é integrado ao Arquivos de Okan com o objetivo de criar e compartilhar projetos artísticos próprios, além de se disponibilizar para parcerias voltadas a formações, mentorias, consultorias, provocações artísticas, palestras e afins no campo das relações entre corpo, ancestralidade, memória e arquivo.

No tópico “Leitores”, é possível deixar um relato a respeito de como recebeu os registros, leituras ou como foi sentida a sua visita ao site, além de identificar as mensagens-depoimentos de outros visitantes.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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