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Prêmio Carolina Maria de Jesus seleciona 61 escritoras e celebra diversidade na literatura

Propósito da premiação é fomentar atividades literárias produzida por mulheres brasileiras, valorizar autoras nacionais e incentivar a qualidade literária por meio da realização de concurso
Imagem em preto e branco de Carolina Maria de Jesus, mulher negra, lendo um livro.

Foto: Instituto Moreira Salles

8 de dezembro de 2023

Nesta quinta-feira (7), o Ministério da Cultura (MinC) divulgou o resultado final da seleção do Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura Produzida por Mulheres 2023. A lista com as escolhidas para o primeiro edital com ações afirmadas lançado pela pasta, desde a sua retomada, comemora a potência da produção no país, com premiadas em todos os gêneros literários.

A primeira edição do edital recebeu 2.619 inscrições, com 1.922 habilitadas e avaliadas e 61 selecionadas, sendo 12 delas mulheres negras, seis PcD (pessoa com deficiência), três indígenas, três quilombolas e 37 na ampla concorrência. Nessa última categoria, há uma escritora transgênero premiada.

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Entre as 61 selecionadas, três são do Centro-Oeste (4,92%); 12 do Nordeste (19,67%); quatro do Norte (6,56%), 32 do Sudeste (52,46%) e 10 do Sul (16,39%). O resultado aponta uma diversidade de formatos da literatura produzida por mulheres em todo o território nacional.

“O Prêmio Carolina Maria de Jesus passa a ser um instrumento permanente do MinC para o fomento da literatura produzida por mulheres. E sua primeira edição foi emblemática, com um número expressivo de propostas, gerando uma cartografia literária muito potente”, afirma o secretário de Formação, Livro e Leitura, Fabiano Piúba, em nota oficial.

O número de escritoras premiadas saltou de 40 para 60, fruto do alto número de obras com alta avaliação, em sua maioria, notas máximas. Com isso, o recurso inicial de R$ 2 milhões também aumentou e passou a ser de R$ R$ 3.050.000,00.

“O resultado do prêmio Carolina é potente como a literatura produzida por todas essas escritoras do país inteiro. Gosto de imaginar Carolina, que tanto lutou para escrever, abrindo as portas para tantas escritoras, especialmente as negras, quilombolas e indígenas”, comenta a coordenadora-geral de Livro e Literatura da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Andressa Marques em publicação oficial.

Além de impulsionar trabalhos literários produzidos por mulheres, o prêmio homenageia a escritora brasileira de renome internacional: Carolina Maria de Jesus. Nascida em 1914, ela escrevia sobre o seu cotidiano, suas reflexões e criava imagens literárias em um caderno quando morava na favela do Canindé, na Zona Norte de São Paulo. Em 1958, conheceu o jornalista Audálio Dantas, que a auxiliou na publicação de seus diários.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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