O Quilombo do Grotão, um espaço de cultura negra no Rio de Janeiro, está passando por uma reformulação de sua presença na internet e nas redes sociais. O objetivo é aumentar o número de visitantes, especialmente entre os turistas estrangeiros. A ação é parte de uma parceria entre o EmbraturLAB, a Embratur e o Sebrae.
Situado no Engenho do Mato, em Niterói, o Quilombo do Grotão oferece diversas atividades, que incluem oficinas de ervas medicinais para a produção de sabonetes, aulas de percussão, capoeira e artesanato. Desde 2003, o espaço se consolidou como um importante centro para o samba e a gastronomia.
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Com o apoio do EmbraturLAB, a proposta é que a história e as experiências do quilombo sejam traduzidas para outros idiomas, facilitando o acesso às informações por meio de buscas no Google e nas redes sociais, como o Instagram. A meta é tornar o conteúdo mais atrativo tanto para o público nacional quanto internacional.
A comunidade local está atualmente coletando imagens e relatos sobre a história do Quilombo do Grotão para criar conteúdos que serão compartilhados nas redes sociais. O Instagram, uma das principais plataformas de divulgação, será reformulado para refletir essa nova abordagem.
Segundo dados da Embratur, a história do Quilombo do Grotão remonta aos anos 1920, quando Manoel Bonfim e Maria Vicência, descendentes de negros escravizados em Sergipe, migraram para o Nordeste do Brasil em busca de trabalho na Fazenda Engenho do Mato, pertencente a Irene Lopes Sodré, que cultivava farinha, banana-prata e hortifrutigranjeiros.
Na década de 1950, após a falência do negócio, Manoel e Maria receberam cerca de dois alqueires e meio de terra e duas mil mudas de banana como indenização da família Sodré. A luta pela posse do território se intensificou com a criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca, em 1991. Em 2016, o Quilombo do Grotão foi oficialmente certificado pela Fundação Palmares, ligada ao Ministério da Cultura.