O Senado aprovou nesta terça-feira (15) o projeto de lei que estabelece o Dia Nacional do Maracatu, a ser comemorado anualmente em 1º de agosto. A data foi escolhida em homenagem ao mestre Luís de França, líder do tradicional grupo Maracatu Leão Coroado, de Pernambuco.
O Pojeto de Lei (PL) 397/2019 foi apresentado pela então deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE), atual ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, e segue agora para sanção presidencial.
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A escolha do dia 1º de agosto coincide com o Dia do Maracatu instituído pelo estado de Pernambuco em 1997, ano da morte de Luís de França, que também nasceu na data. Mestre Luís foi um dos principais nomes do Maracatu Leão Coroado, grupo com 157 anos de história, e o comandou por quatro décadas.
O maracatu é uma manifestação cultural que combina ritmos percussivos, dança, religiosidade e vestimentas típicas, e está profundamente ligada às tradições afro-brasileiras.
O relator do projeto na Comissão de Educação, senador Humberto Costa (PT-PE), ressaltou a relevância histórica do maracatu, que surgiu no período da escravidão, entre os séculos XVII e XVIII, nas regiões hoje conhecidas como Recife, Olinda e Igarassu, em Pernambuco. Costa destacou que o maracatu é reconhecido como patrimônio cultural imaterial.
“O nascedouro da manifestação compreende a região hoje abarcada pelo estado de Pernambuco, especialmente as cidades de Recife, Olinda e Igarassu que, à época, incluía também os municípios de Itapissuma, Abreu e Lima e Itamaracá”, explicou Humberto na justificação do seu relatório.
Luciana Santos, autora do projeto, destacou durante a sessão a importância internacional do maracatu, que influencia grupos musicais em vários países, como Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, França, Japão e Alemanha. Além disso, a manifestação cultural já tem datas comemorativas no Ceará e em diversas cidades pernambucanas.
Texto com informações da Agência Senado.
