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Torcidas pela Seleção Brasileira ressoam em vários cantos do mundo

A Alma Preta Jornalismo listou cinco países do Sul Global ou de maioria negra, como Haiti e Jamaica, que torcem para o time brasileiro durante a Copa do Mundo

Imagem de crianças negras com uma faixa verde e amarela com a palavra Brasil. Elas torcem para a Seleção Brasileira de Futebol.

Imagem de crianças negras com uma faixa verde e amarela com a palavra Brasil. Elas torcem para a Seleção Brasileira de Futebol.

— Imagem: Reprodução/ Fatos Desconhecidos

28 de novembro de 2022

Os jogos da Copa do Mundo e a participação da Seleção Brasileira na competição têm alterado a rotina de muitos brasileiros no país. Entretanto, não são somente as torcidas brasileiras que se somam ao coro que torce pela conquista do Brasil a uma vaga nas finais da Copa. Alguns países, como Haiti e Jamaica, também têm torcidas para a equipe verde e amarela.

Com o Brasil já classificado para as oitavas de final após vencer a Suíça por 1 a 0, têm circulado nas redes sociais imagens de torcedores de diferentes partes do mundo que vibram com a vitória.

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Para o jornalista Alex Dinarte, apresentador e repórter no canal Identidade Corinthiana no YouTube e repórter na Web Rádio Coringão, a habilidade e a técnica de jogadores brasileiros é reconhecida mundo afora e essa é uma das motivações para a existência de torcedores da Seleção Brasileira em várias partes do mundo.

“O futebol move as paixões. O mundo aprendeu a se encantar com o futebol brasileiro, com os jogadores que fizeram história. Aqui a gente tem uma fábrica natural de craques. Na época do Pelé, nas décadas de cinquenta, sessenta e setenta, o Santos e alguns outros clubes brasileiros iam para diversas excursões aí mundo afora exatamente para fazer com que o futebol pertencesse também à vida deles lá no exterior”, relata Alex Dinarte.

“Várias pessoas do mundo se vêem representadas por esse talento que o brasileiro tem para praticar o futebol e por vencer também. O futebol é um dos fatores que faz o Brasil ser tão respeitado no mundo todo. Eu mesmo tenho um respeito grande à Seleção Brasileira por saber que em diversas partes do mundo, das partes mais ricas às mais pobres, tem gente se emocionando com o futebol brasileiro”, complementa o jornalista.

Nesse contexto, a Alma Preta Jornalismo levantou uma lista de cinco países do Sul Global (países em desenvolvimento) e/ou de maioria negra que, ao não terem seus times nacionais disputando o Mundial, já torceram e torcem para a Seleção Brasileira. Confira abaixo:

Leia mais: Por que os africanos torcem para o Brasil na Copa?

África do Sul

A África do Sul foi o país anfitrião da Copa do Mundo de 2010, que consagrou a Espanha como vencedora. Na época, estava em sua terceira participação do Mundial, sendo que em nenhuma delas chegou à etapa das oitavas-de-final, conforme informações do portal Quadro de Medalhas. Além da Copa de 2010, o país participou das Copas de 1998 (na França) e de 2002 (no Japão e na Coréia do Sul).

Na Copa de 2010, a Seleção Sul-africana foi eliminada logo na primeira fase, levando os sul-africanos a torcerem para a Seleção Brasileira. Uma pesquisa realizada pela Fifa antes da Copa na época havia revelado que o Brasil era o segundo preferido dos torcedores dos país, tendo 11% da preferência e atrás apenas da própria África do Sul.

Nas Copas de 2014, 2018 e deste ano, a Seleção do país não se classificou para participar da competição.

Torcedores da África do Sul

Trabalhadores de Johanesburgo com a bandeira do Brasil em 2010 | Imagem: Reprodução/ Reportagem News

Bangladesh

A Seleção de Bangladesh nunca chegou a participar de uma edição da Copa do Mundo. Na ausência de um representante que possa competir no Mundial, a torcida do país é dividida entre fãs da Seleção Brasileira e fãs da Seleção Argentina.

Espalhadas pelas ruas da cidade, é possível ver imagens da bandeira do Brasil e pinturas de jogadores brasileiros, como Neymar, e também da Seleção Argentina.

Veja abaixo vídeo de um torcedor de Bangladesh que pintou um prédio de verde e amarelo durante a Copa de 2014.

Bolívia

A Bolívia é um outro caso de país que, na falta de um representante próprio na Copa do Mundo, torce para a Seleção Brasileira. O país boliviano participou de três edições do Mundial, sendo que não passou da primeira fase em todas as participações, conforme informações do Quadro de Medalhas.

A Seleção Boliviana esteve presente no primeiro Mundial de 1930 realizado no Uruguai e que teve a vitória do país sede. A Bolívia também esteve na Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil e que teve o Uruguai como campeão. Por último, a Seleção Boliviana participou do Mundial de 1994, realizado nos Estados Unidos, quando o Brasil se tornou tetracampeão.

Torcedores bolivianos

Artigos do Brasil encontrados em lojas bolivianas em 2014 | Crédito: Anderson Gallo/Reprodução de Diário Corumbaense

Haiti

O Haiti não tem uma seleção de futebol que esteja disputando a Copa do Mundo de 2022 no Catar. O país caribenho participou de apenas uma edição da Copa: o Mundial de 1974, que ocorreu na Alemanha Ocidental, que também foi a equipe que ganhou a competição na época. Segundo o portal Quadro de Medalhas, o Haiti foi a segunda nação do Caribe a jogar uma Copa do Mundo, atrás apenas da Seleção Cubana, que disputou o Mundial de 1938.

Nas últimas Copas que ocorreram, não faltam publicações pela internet que mostram a escolha do país pela torcida para o time da Seleção Brasileira, como segue abaixo.

Jamaica

A Seleção Jamaicana também não está na disputa da Copa do Mundo deste ano. De acordo com o dados do portal Quadro de Medalhas, o time do país participou apenas do Mundial de 1998, na França. Na época, o país sede venceu o Brasil por 3 a 0.

Nessa Copa do Mundo de 1998, a Seleção Jamaicana foi eliminada na primeira fase da competição ao terminar em terceiro lugar de seu grupo, atrás das seleções da Argentina e da Croácia e na frente do Japão.

Veja abaixo um vídeo da torcida jamaicana para o Brasil na Copa do Mundo de 2018, sediada na Rússia.

Leia também: Seleções africanas disputam Copa com técnicos locais pela primeira vez em 92 anos

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