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Zumbi dos Palmares será homenageado com estátua em Porto Alegre

A homenagem foi aprovada em dois momentos na Câmara de Vereadores da capital gaúcha
Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, retratado por Manoel Victor.

Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, retratado por Manoel Victor.

— Biblioteca Nacional/Reprodução

12 de janeiro de 2024

Considerado maior símbolo da luta e da resistência da população negra brasileira, Zumbi dos Palmares terá sua imagem imortalizada em uma estátua instalada na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.

A homenagem foi aprovada em dois momentos na Câmara de Vereadores da capital. A ideia original, de 2003, previa um busto do herói negro. No entanto, a medida nunca saiu do papel. A segunda proposta, aprovada em novembro de 2022, foi apresentada pelo então vereador Alberto Kopittke (PT) em 2015 e desarquivada naquele ano pela vereadora Karen Santos (PSOL). 

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Há 21 anos, Zumbi dos Palmares faz parte do panteão de heróis da pátria. Criada em 1992, a honraria é concedida a personalidades que tiveram papel fundamental na defesa ou na construção do país. No mesmo ano, 20 de novembro, data da morte do líder quilombola (em 1695), foi estabelecido como o Dia da Consciência Negra.

Em dezembro de 2023, a data foi sancionada como feriado nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista publicada pela Alma Preta em novembro de 2022, a historiadora Vitória Trindade enfatizou que a importância de Zumbi dos Palmares está “diretamente ligada àquilo que ele representa”.

“O combate ao racismo nos dias atuais é, justamente, a inspiração trazida pela sua postura combativa frente à escravidão, principalmente por se tratar de um nascido livre. Isso lembra ao povo preto a responsabilidade do Ubuntu [filosofia africana que prega que a existência de uma pessoa está conectada à do outro] e reflete também na fala adaptada de Audre Lorde: ‘não serei livre enquanto outro for prisioneiro, ainda que suas correntes sejam diferentes das minhas’”.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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