PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Câmara de São Paulo homenageia 40 anos de luta do MST por direito à terra

Organização se consagrou como um dos principais movimentos populares camponeses da América Latina
Imagem mostra membros do MST durante manifestação pela reforma agrária no Brasil.

Imagem mostra membros do MST durante manifestação pela reforma agrária no Brasil.

— Manuela Martinoya / MST

17 de junho de 2024

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recebeu, nesta segunda-feira (17), uma homenagem na Câmara Municipal de São Paulo pelos 40 anos de fundação. O movimento surgiu em 1984, durante uma reunião de trabalhadores rurais que lutavam pelo direito à terra e à democracia.

O evento, que aconteceu no Plenário 1º de Maio, na sede do Legislativo paulistano, foi organizado pelo mandato do vereador Jair Tatto (PT), com o apoio das bancadas do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A solenidade abordou a importância do movimento para dizimar a fome no Brasil, para combater a crise climática e na oposição ao governo de Tarcísio Freitas (Republicanos).

“Nós estamos homenageando um movimento que de fato faz acontecer um direito que está garantido na Constituição, em especial aos mais vulneráveis, que é o direito à terra e o direito a possibilidade de construir perspectiva de vida para a família, que é aquilo que o MST faz nesses 40 anos”, afirmou o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) durante a solenidade transmitida no YouTube.

Atualmente, o MST é o principal movimento popular camponês do Brasil e um dos maiores em toda a América Latina. Estabelecido em 24 estados, a organização já auxiliou cerca de 450 mil famílias na conquista de seus direitos à terra por meio da mobilização dos trabalhadores rurais.

Em sua fala, a vereadora e educadora Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) lembrou de sua passagem pelo movimento como ativista cultural e ressaltou a importância de defender a organização

“O MST, sem dúvida, é um dos movimentos que mais luta por aquilo que a gente acredita: uma outra possibilidade de mundo a ser vivida. Temos de nos posicionar favoravelmente aos movimentos importantes para nós enquanto classe trabalhadora, e enquanto esquerda nesse país”, disse.

Claudete Pereira, membro da direção nacional do MST, enfatizou o papel da organização na cerimônia. “Queremos em nome do nosso movimento, reafirmar aqui o nosso compromisso de seguir lutando pela reforma agrária popular e rompendo a cerca do latifúndio, porque já está provado que só traz miséria e destruição. Temos que propor uma reforma agrária popular que eleve a condição de vida do nosso povo”, concluiu a liderança.

Acesse aqui a solenidade na íntegra.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano