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Câmara do Rio pede extradição de professora argentina por gestos racistas em roda de samba

Carolina de Palma, filmada imitando macacos, será alvo de pedido formal ao Governo Federal
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Foto: Reprodução

24 de julho de 2024

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro anunciou que solicitará a extradição da professora argentina Carolina de Palma, filmada imitando macacos em uma roda de samba na última sexta-feira (19). O episódio ocorreu durante uma apresentação do grupo Pede Teresa, na Praça Tiradentes, no centro da capital fluminense.

A jornalista Jackeline Oliveira registrou em vídeo Carolina e um brasileiro que mora na cidade fazendo gestos racistas durante a performance. A informação foi divulgada pelo jornal O Dia.

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A presidente da Comissão, Teresa Bergher (PSDB), informou que o pedido de extradição será encaminhado ao Governo Federal nesta quarta-feira (24). “É óbvio que foi uma dancinha racista e essa cidadã racista não é bem-vinda no nosso país”, declarou a vereadora. A Comissão de Combate ao Racismo da Câmara também acompanha o caso.

De acordo com Jackeline Oliveira, Carolina de Palma é professora de música e natural de Buenos Aires, Argentina. Ela estava no Rio de Janeiro para participar do Fórum Latino-americano de Educação Musical (Fladem Brasil). O evento repudiou o ato e afirmou que os envolvidos não são associados ao Fladem Brasil, solicitando uma investigação pela seção brasileira do Fórum.

Na segunda-feira (22), uma denúncia formal foi registrada na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio. A denúncia contou com a presença de Jackeline Oliveira, Wanderson Luna (idealizador do “Pede Teresa”), a vereadora Monica Cunha (PSOL-RJ) e advogados. A Polícia Civil investiga o caso em conjunto com o Decradi.

Associação argentina nega que imitação de macaco é racista

A associação Orff-Schulwerk Argentina usou as redes sociais na terça-feira (23) para defender Carolina de Palma, que é filiada ao órgão. Segundo a entidade, “na Argentina, no contexto de uma atividade pedagógica, a imitação de animais não tem conotações racistas”.

O órgão ainda afirma que foi surpreendido pela situação, já que a professora é associada há vários anos e mostrou nesse período “uma grande capacidade de trabalho e criatividade”. A associação ainda afirma que a visita da argentina no Brasil foi a convite de outro organismo em caráter pessoal, não em representação da Orff-Schulwerk Argentina.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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