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Câmara propõe medidas para combater precarização de entregadores de aplicativos

Audiência reuniu parlamentares e lideranças do movimentos dos entregadores pela criação de projetos de lei que assegurem direitos dos trabalhadores
Manifestação de entregadores de aplicativos em frente à sede do iFood em Osasco (SP), em 31 de março de 2025.

Manifestação de entregadores de aplicativos em frente à sede do iFood em Osasco (SP), em 31 de março de 2025.

— Paulo Pinto/Agência Brasil

24 de abril de 2025

Nesta quarta-feira (23), a Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública que contou com a união de parlamentares aliados do governo e da oposição em apoio aos trabalhadores que utilizam motos e bicicletas para realizar entregas para empresas de aplicativos.

O encontro reuniu deputados e lideranças do movimento dos entregadores para reivindicar melhores condições de trabalho e a garantia de direitos para a categoria.

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Nos dias 31 de março e 1 de abril, os trabalhadores de aplicativos realizaram uma greve, organizada pelo movimento “Breque nacional dos aplicativos”, para reivindicar melhores condições de trabalho e denunciar a precarização imposta pelas plataformas.

As propostas exigem que a remuneração mínima seja de R$ 10 por entregas em trajetos de até quatro quilômetros, com acréscimo de R$ 2,40 por quilômetro adicional percorrido. No caso das entregas de bicicletas,  o limite de distância estipulado é de no máximo três quilômetros, além do pagamento integral por rotas agrupadas com várias entregas. 

Os representantes do movimento presentes denunciaram os desafios enfrentados diariamente pelos entregadores. Entre as principais precarizações estão a falta de transparência no repasse de gorjetas, a redução dos valores do seguro para acidentes e a falta de local físico para atendimento aos trabalhadores e acordos coletivos desrespeitados sem a fiscalização do governo. 

Além disso, os líderes enfrentam retaliações por reivindicar os seus direitos no trabalho. A motogirl Jessica Magalhaes também denuncia assédios e constrangimentos pelas mulheres que trabalham na área.

Projetos de lei reivindicam direitos 

O secretário nacional de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, defendeu a criação de um projeto de lei que garanta a autonomia dos trabalhadores. 

“É preciso, de fato, uma regulamentação da profissão de vocês e romper essa história de autonomia sem direitos”, defendeu o secretário. 

Entre os pontos destacados estão a inclusão na Previdência Social, a instalação de pontos de apoio e descanso, financiamento para renovação de frota de motos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e a definição de um valor mínimo por entrega. 

A câmara também analisa uma proposta do Executivo (PLP 12/24) voltada aos motoristas de aplicativo. 

Com informações da Agência Câmara de Notícias.

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