Pela primeira vez na história eleitoral brasileira, os candidatos as eleições municipais puderam se declarar como quilombolas. A mudança representa um marco significativo para a representatividade desta população. No total, 3.455 pessoas se autodeclararam membros das comunidades remanescentes de quilombos.
Dentre os representantes, 2.141 são homens (61,96%), enquanto 1.314 são mulheres, compondo 38,03%. Este grupo está distribuído por todas as regiões do país, com a maior concentração no nordeste, que abriga 1.242 (35,94%) dos candidatos quilombolas, seguido pelo sudeste, com 982 (28,42%).
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Os dados são do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), em parceria com o coletivo Common Data, extraídos da base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o estudo, a composição racial dentro das candidaturas quilombolas é diversificada.
Os homens negros, incluindo pretos e pardos, dominam com 1.719 (49,74%) candidaturas. Mulheres quilombolas negras somam 1.098 (31,77%), enquanto candidatos brancos quilombolas (tanto homens quanto mulheres) perfazem 594 (17,18%).
Conforme a pesquisa aponta, ainda há pequenas representações de indígenas e amarelos, com 28 candidatos ao todo, demonstrando uma diversidade étnica, embora com menor expressão.