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Candidata à prefeitura do Recife aborda desafios da saúde pública durante sabatina

Em entrevista, Dani Portela critica a atual gestão e propõe soluções para melhorar o atendimento à população, com foco em pessoas com deficiência e neurodiversidade
Imagem de Dani Portela, candidata a prefeita do Recife pelo PSOL/Rede, durante sabatina no canal do YouTube Pernambuco na TV - Programa Espaço Político.

Foto: Fran Silva/ Equipe Dani Portela

27 de setembro de 2024

Na tarde da última quarta-feira (25), Dani Portela, candidata à prefeitura do Recife pela coligação PSOL/Rede, participou de uma sabatina no canal do YouTube “Pernambuco na TV – Programa Espaço Político”. A entrevista foi conduzida por Fernando Chalegre, e a candidata abordou diversos temas relacionados à gestão da cidade, com foco especial em saúde, pessoas com deficiência e neurodiversidade.

Portela enfatizou que a saúde é uma das principais demandas da população em todas as regiões que visitou durante sua campanha. “Em todas as minhas andanças, o tema da saúde surge como o maior desafio. A atenção básica à saúde é uma responsabilidade do município, então precisamos investir em prevenção para que as pessoas não cheguem às unidades de atendimento já em estágios avançados de doenças”, pontuou.

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A candidata também criticou o atual sistema de atendimento, que apesar de ter ampliado o horário de funcionamento das unidades de saúde, não conseguiu aumentar o acesso efetivo da população. 

“Ampliaram os horários, mas não o acesso. Hoje, temos um sistema de rodízio, onde os bairros A, B e C são atendidos pela manhã, e D, E e F à tarde. É como se as pessoas tivessem que agendar uma hora para adoecer. Precisamos ampliar de fato o atendimento”, destacou a candidata. Ela mencionou ainda a longa espera para exames, citando uma usuária do SUS que aguardou três meses pelo resultado de um exame de sangue.

Políticas para pessoas com deficiência e neurodiversidade

Outro ponto de destaque na fala de Dani Portela foi a situação das pessoas com deficiência e neurodiversidade no Recife. Segundo a candidata, é necessário pensar em políticas de saúde específicas para esses grupos. 

“Muitas mães de crianças autistas, por exemplo, levam entre três a quatro anos para conseguir um diagnóstico. Há uma enorme carência de especialistas, como neurologistas e neuropediatras, na rede municipal”, explicou.

Ela também abordou a questão da acessibilidade para a população surda, especialmente em serviços de saúde de urgência, como as UPAs, onde faltam intérpretes de Libras, a segunda língua oficial do Brasil. 

“Precisamos ampliar a contratação de intérpretes de Libras, não apenas nos serviços de saúde, mas também nas escolas. As salas de aula deveriam ser bilíngues, para ouvintes e não ouvintes”, finalizou Dani Portela, ressaltando a necessidade de inclusão e acessibilidade no município.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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