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Erika Hilton e 150 entidades acionam ONU por transfobia em visto emitido pelos EUA

Denúncia também foi enviada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos pedindo a correção do visto diplomático da deputada
Deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), durante coletiva à imprensa em Brasília em 25 de fevereiro de 2025.

Deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), durante coletiva à imprensa em Brasília em 25 de fevereiro de 2025.

— Lula Marques/Agência Brasil

30 de abril de 2025

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e outras 150 entidades e parlamentares nacionais e internacionais fizeram uma denúncia nesta terça-feira (29) contra o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos. 

A denúncia foi motivada pelo caso que ocorreu no início de abril,  quando o governo dos EUA emitiu um visto diplomático de Erika Hilton com o marcador de gênero masculino, desrespeitando seus documentos oficiais brasileiros. 

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Após o episódio, a deputada cancelou uma viagem para o país norte-americano, onde participaria de um evento na Universidade de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

O documento cita uma medida editada por Trump, após tomar posse em janeiro deste ano, que não reconhece a identidade de pessoas trans nos Estados Unidos.  

Desde então, o governo tem implementado medidas para restringir os direitos das pessoas LGBTQIAPN+. Entre essas ações, está o bloqueio do marcador de gênero “X” em documentos oficiais, reconhecendo apenas os gêneros feminino e masculino.

Na denúncia encaminhada, assinam ainda outros parlamentares brasileiros e estrangeiros LGBTQIAPN+, como o senador Fabiano Contarato (PT-ES) e Emilia Schneider, a primeira parlamentar trans eleita no Chile. O grupo também ingressou com uma solicitação à Comissão  Interamericana de Direitos Humanos pedindo a correção imediata do visto diplomático de Hilton.

Em publicação nas redes sociais, Erika Hilton criticou a postura do governo de Trump.  “Se os EUA quiserem desrespeitar esses acordos e a inviolabilidade diplomática de representantes estrangeiros em visita a mecanismos internacionais sediados no próprio país, que assumam isso abertamente”, declarou.

Para a deputada, o caso representa uma violação de seus direitos enquanto parlamentar brasileira e fere acordos internacionais que garantem o direito à identidade de pessoas trans.

Com informações da Carta Capital

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