A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta terça-feira (6), em segunda discussão a proposta que inclui o nome de Edson Luís de Lima Souto no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado do Rio. Agora, a medida segue para sanção do governador.
O Projeto de Lei 606/23 é de autoria da deputada Dani Monteiro (PSOL) que visa reconhecer a história do jovem, que se tornou símbolo da resistência estudantil. Edson Luís foi assassinado pela polícia durante a ditadura militar em 1968, quando tinha apenas 18 anos.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
A parlamentar Dani Monteiro, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, destacou a importância da aprovação do projeto como forma de reparação histórica às vítimas da ditadura militar e seus familiares.
“Sua inscrição no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado do Rio de Janeiro é o reconhecimento de sua luta e do sonho de um Brasil verdadeiramente democrático. Preservar a memória é manter viva a história. Para que jamais se repita, ditadura nunca mais!”, afirmou em comunicado à imprensa.
Símbolo de resistência contra a repressão política
O estudante foi assassinado em março de 1968 por policiais militares, durante uma manifestação estudantil no Restaurante Calabouço Central dos Estudantes, o Calabouço, no Centro do Rio. Natural de Belém, no Pará, o jovem havia se mudado para o Rio de Janeiro para concluir os estudos. O caso teve grande repercussão nacional e tornou-se um marco da resistência estudantil contra o regime autoritário.
Em dezembro do mesmo ano, a Ditadura Militar endureceu o regime com a promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), que suspendeu garantias constitucionais e permitiu a cassação de mandatos parlamentares.