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Estudante morto na ditadura pode entrar para o Livro de Heróis do Estado do Rio

O jovem Edson Luís foi assassinado em 1968 durante uma manifestação estudantil. A proposta segue para sanção do governador do Estado
Velório do estudante Edson Luís, morto em protesto estudantil em março de 1968

Velório do estudante Edson Luís, morto em protesto estudantil em março de 1968

— Reprodução/Arquivo Nacional, Correio da Manhã

7 de maio de 2025

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta terça-feira (6), em segunda discussão a proposta que inclui o nome de Edson Luís de Lima Souto no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado do Rio. Agora, a medida segue para sanção do governador.

O Projeto de Lei 606/23 é de autoria da deputada Dani Monteiro (PSOL) que visa reconhecer a história do jovem, que se tornou símbolo da resistência estudantil. Edson Luís foi assassinado pela polícia durante a ditadura militar em 1968, quando tinha apenas 18 anos. 

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A parlamentar Dani Monteiro, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, destacou a importância da aprovação do projeto como forma de reparação histórica às vítimas da ditadura militar e seus familiares.

“Sua inscrição no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado do Rio de Janeiro é o reconhecimento de sua luta e do sonho de um Brasil verdadeiramente democrático. Preservar a memória é manter viva a história. Para que jamais se repita, ditadura nunca mais!”, afirmou em comunicado à imprensa.

Símbolo de resistência contra a repressão política

O estudante foi assassinado em março de 1968 por policiais militares, durante uma manifestação estudantil no Restaurante Calabouço Central dos Estudantes, o Calabouço, no Centro do Rio. Natural de Belém, no Pará, o jovem havia se mudado para o Rio de Janeiro para concluir os estudos.  O caso teve grande repercussão nacional e tornou-se um marco da resistência estudantil contra o regime autoritário.

Em dezembro do mesmo ano, a Ditadura Militar endureceu o regime com a promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), que suspendeu garantias constitucionais e permitiu a cassação de mandatos parlamentares.

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