O Ministério do Planejamento e Orçamento iniciou a construção da Estratégia Brasil 2050, plano nacional que estabelecerá diretrizes para o desenvolvimento do país nos próximos 25 anos. A iniciativa, coordenada pela Secretaria Nacional de Planejamento (SEPLAN), tem como objetivo integrar políticas setoriais e regionais, com foco em sustentabilidade, redução de desigualdades e preparação para desafios demográficos e climáticos.
A formulação da estratégia inclui uma série de diálogos regionais e uma consulta pública aberta até julho de 2025. Nesta segunda-feira (31), ocorre em São Paulo o primeiro seminário presencial, no Centro Cultural FIESP, com participação de especialistas e sociedade civil. Outros eventos estão programados para João Pessoa (3/4) e Olinda (4/4).
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Desafios estruturais do futuro
A iniciativa surge como resposta a desafios estruturais que o Brasil enfrentará nas próximas décadas, incluindo a transição demográfica – com previsão de inversão da pirâmide etária até 2050 – e as metas globais de redução de emissões de gases de efeito estufa.
Durante recente encontro em Belo Horizonte, a ministra Simone Tebet destacou a importância de incluir objetivos ambiciosos, como dobrar o PIB per capita nos próximos 25 anos como forma de combater a pobreza e reduzir desigualdades regionais.
Consulta pública permanente
Além dos eventos presenciais, o governo federal mantém uma consulta pública aberta na plataforma Brasil Participativo, onde qualquer cidadão pode contribuir com sugestões até julho de 2025.
O documento final, que deve ser concluído até o final de julho do próximo ano, incorporará análises sobre megatendências globais, cenários econômicos e estudos temáticos em áreas como clima, infraestrutura e transição demográfica.
Segundo especialistas envolvidos no projeto, a Estratégia Brasil 2050 representa uma mudança na forma de planejamento governamental, ao estabelecer metas que transcendem mandatos políticos e exigem continuidade nas políticas públicas.
O plano pretende ainda criar mecanismos para antecipar riscos e aumentar a resiliência do país frente a crises futuras, garantindo maior previsibilidade para investimentos públicos e privados.