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Marco temporal indígena é debatido novamente pelo STF

A audiência foi convocada pelo ministro Gilmar Mendes; na primeira reunião, entidades indígenas ameaçaram se retirar da plenária
O marco temporal destaca que as comunidades indígenas têm direito apenas às terras que estavam sob sua posse em 5 de outubro de 1988.

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

28 de agosto de 2024

Nesta quarta-feira (28), ocorre a segunda audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o marco temporal para a demarcação de terras indígenas. 

A tese original do marco temporal destaca que as comunidades indígenas têm direito apenas às terras que estavam sob sua posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

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Segundo informações da Agência Brasil, a audiência acontece mesmo após críticas da Articulação dos Povos Indígenas (Apib), principal entidade defensora dos direitos indígenas, em relação à condução dos trabalhos na primeira reunião, realizada no início deste mês.

Na ocasião, a Apib – que ameaçou se retirar da comissão – afirmou que seus direitos são inegociáveis e que não há igualdade no debate. No entanto, a entidade confirmou sua presença na reunião de hoje.

A plenária foi convocada pelo ministro Gilmar Mendes, que é o relator das ações protocoladas pelos partidos PL, PP e Republicanos. Porém, o ministro Gilmar Mendes negou um pedido de entidades para suspender a deliberação do Congresso que valida o marco temporal, uma decisão que não agradou aos indígenas.

As reuniões estão programadas para continuar até 18 de dezembro deste ano.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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