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MIR anuncia R$ 9 milhões para combate à intolerância religiosa e preservação ambiental

Comunicado foi realizado durante as comemorações da festa de Yemanjá, em Salvador
Na foto, representantes do Ministério da Igualdade Racial celebram Yemanjá em Salvador.

Na foto, representantes do Ministério da Igualdade Racial celebram Yemanjá em Salvador.

— Juliana Romão/MIR

2 de fevereiro de 2024

O Ministério da Igualdade Racial (MIR) anunciou um investimento de R$ 9 milhões em cinco editais destinados à proteção e fortalecimento dos povos de terreiro de matriz africana em 2024.

O comunicado foi realizado durante as comemorações da festa de Yemanjá em Salvador BA), no tradicional 2 de fevereiro, pela secretária-executiva do ministério, Roberta Eugênio. A previsão é que esses editais sejam lançados nos meses de abril e maio.

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Na comitiva do MIR, também estavam o diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Yuri Silva; a diretora de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Povos de Terreiro, Luzi Borges; e a diretora de Ações Governamentais, Ana Míria Carinhanha, que compareceram à celebração a convite do governador Jerônimo Rodrigues e da secretária Estadual de Igualdade Racial e Povos e Comunidades Tradicionais, Ângela Guimarães.

A iniciativa visa promover o reconhecimento das práticas, defender o meio ambiente, combater o racismo ambiental, transmitir os saberes tradicionais, fortalecer o empreendedorismo negro e gerar renda por meio da valorização desses conhecimentos ancestrais. Além disso, inclui também a realização de um encontro nacional de juventude de terreiros.

“Ao celebrarmos o Dia de Yemanjá, honramos não apenas a divindade, mas também a vitalidade da cultura dos povos de matriz africana e de terreiros e sua importância para história, cultura e valorização de saberes ancestrais“, destacou Roberta Eugênio.

A secretária executiva também enfatizou a prioridade do Ministério da Igualdade Racial em promover a preservação, valorização e a liberdade de exercer a própria fé. “Há economia, preservação do meio ambiente e da história e cultura negra, dentro dos terreiros. É para além da fé, é defesa da vida em sua plenitude, pelos saberes ancestrais”, pontuou.

A celebração de Yemanjá se destaca como uma das festas mais renomadas no ciclo de verão da capital baiana. É a única entre as grandes “festas de largo” que dedica sua celebração de forma proeminente a uma única divindade do candomblé: o Orixá Yemanjá. Reconhecida como mãe dos oceanos e mares, senhora das águas salgadas, Yemanjá é considerada Iyá Ori, responsável pelo equilíbrio mental como mãe das cabeças.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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