O Supremo Tribunal Federal (STF) inaugurou a exposição “Mulheres no Brasil, um caminho pela igualdade de direitos”, com o intuito de celebrar a conquista de direitos pelas mulheres brasileiras. A mostra está localizada no Espaço Cultural Ministro Menezes Direito, no edifício da corte e é uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8).
A exposição faz uma linha do tempo que se inicia com a história das Mulheres no Brasil Colônia, passando pela Lei do Ventre Livre, a conquista do voto feminino, a participação de candidatas em eleições, a Lei Maria da Penha e a posse da primeira mulher indígena no cargo de ministra do Estado.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Entre as mulheres negras homenageadas estão Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira e pioneira na crítica antiescravista da nossa literatura; a cantora Elza Soares, ícone da música popular brasileira e considerada a cantora brasileira do milênio; a dama do samba, Dona Ivone Lara; e Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Durante a inauguração da exposição, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, destacou que a busca pela igualdade de gênero permanece como uma batalha em curso “e um compromisso ao qual devemos continuar dedicados”.
Na cronologia apresentada em paineis, também são lembradas as primeiras mulheres a se tornarem advogada, juíza, delegada, bem como o pioneirismo feminino em cargos públicos nos Três Poderes, além de conquistas das mulheres trans e indígenas.
“Todas vozes devem ser ouvidas”
Atualmente a única mulher a integrar o STF, a ministra Cármen Lúcia esteve presente na inauguração da mostra e destacou que a história inviabilizou e silenciou politicamente as mulheres.
“Todas as vozes do Brasil devem ser ouvidas: mulheres, homens, indígenas, brancos, negros, amarelos e quem mais vier e todos que chegarem”, enfatizou a ministra.
No final de sua fala, Cármen Lúcia disse ter o desejo de que todo brasileiro tenha o direito constitucional de ser, na vida real, o que quiser ser.
A exposição traz ainda mulheres que não tiveram sua contribuição para o país devidamente reconhecida e foram retratadas para que enfraqueça o ciclo de inviabilização e preconceito contra os feitos, sobretudo, de mulheres negras, indígenas, pobres e LGTBQIAPN+.