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Parlamentares e ativistas discutem criação de Estatuto da Igualdade Racial de MG

Seminário visa coletar sugestões da sociedade civil e ampliar a discussão acerca do estatuto, em tramitação na Assembleia Legislativa do estado mineiro
Imagem mostra grupo de mulheres negras na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Estatuto da Igualdade Racial de Minas Gerais está em tramitação na ALMG.

— Divulgação

31 de maio de 2024

Deputadas estaduais negras, ativistas e lideranças do movimento negro participaram do lançamento do “Seminário Legislativo do Estatuto de Igualdade Racial” na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na última terça-feira (28).

O seminário visa coletar sugestões da sociedade civil e ampliar a discussão acerca do Projeto de Lei 812,2023, que institui o Estatuto da Igualdade Racial de Minas Gerais. A proposta está em tramitação no estado. Cerca de 250 pessoas participaram do evento, que terá novas reuniões até o dia 21 de agosto.

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As autoras do projeto, deputadas Andréia de Jesus (PT), Ana Paula Siqueira (Rede), Leninha (PT) e Macaé Evaristo (PT) destacaram a importância do Estatuto ser construído de forma democrática. “A construção coletiva do projeto aumenta o nosso compromisso e responsabilidade na aprovação e na luta pela efetivação concreta das políticas públicas e ações afirmativas propostas pelo Estatuto. Precisamos de força política, orçamento e garantia de que a lei será aplicada”, disse a deputada Andréia de Jesus, presidente da Comissão de Direitos Humanos.

O lançamento do seminário também contou com uma palestra de contextualização da luta pela igualdade racial. Logo após, a fala foi aberta para os participantes que discutiram vários temas, como a necessidade de reparação social do povo negro, desenvolvimento econômico e sustentabilidade e a contribuição das comunidades tradicionais e do conhecimento africano, o respeito às festas culturais e religiosas e a necessidade de vincular o estatuto ao orçamento do Estado, para garantir que as propostas sejam cumpridas.

“O Estatuto é uma chance de irmos além da disputa de narrativas e avançarmos em direção a conquista de espaço também no orçamento público. Afinal, estamos em um estado que é o terceiro maior em população quilombola, porém, negligente em políticas públicas básicas como titulação de terras, luz e água”, reforçou Andréia de Jesus, em publicação em rede social.

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