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RJ vai formar voluntários para programa de combate à insegurança alimentar

Iniciativa visa reduzir a fome das populações nas favelas e valorizar a cultura alimentar dos povos de terreiro
Audiência pública da Comissão de Segurança Alimentar, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na última segunda-feira (27), no Rio de Janeiro. Na ocasião, foi discutida a valorização das Cozinhas Solidárias para o combate da insegurança alimentar, principalmente nas favelas do Rio.

Audiência pública da Comissão de Segurança Alimentar, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na última segunda-feira (27), no Rio de Janeiro. Na ocasião, foi discutida a valorização das Cozinhas Solidárias para o combate da insegurança alimentar, principalmente nas favelas do Rio.

— Thiano Lontra/Alerj

28 de maio de 2024

A Comissão de Segurança Alimentar da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) anunciou uma nova iniciativa para fortalecer as Cozinhas Solidárias. Durante uma audiência pública realizada nesta segunda-feira (27), a comissão informou que irá promover a formação de voluntários para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) a fim de tentar  reduzir a insegurança alimentar e nutricional, especialmente nas favelas.

As Cozinhas Solidárias, estabelecidas especialmente durante a pandemia de Covid-19, são iniciativas da sociedade civil e de movimentos populares que funcionam como tecnologias sociais de combate à fome, fornecendo preparo e distribuição de refeições para as populações mais vulneráveis.

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A comissão também propôs reconhecer oficialmente as cozinhas dos povos de terreiro, dando visibilidade à cultura alimentar desses povos e ao combate à fome. Uma premiação da Alerj será criada para homenagear essas cozinhas. Outras propostas incluem o acompanhamento das cozinhas pelos Conselhos, apoio das Secretarias de Assistência, novas formações sobre os editais do PAA, e atividades que promovam a troca de experiências entre cozinhas, agricultores e camponeses.

O Programa Cozinha Solidária, criado pelo governo federal em julho do ano passado e regulamentado pelo decreto 11.937/2024, tem como objetivo fornecer alimentação gratuita e de qualidade à população vulnerável, incluindo pessoas em situação de rua.

A presidente da Comissão, deputada estadual Marina do MST (PT), destacou a importância de disseminar informações sobre o programa para que mais cozinhas consigam apoio federal.

“Nosso objetivo é alargar o acesso à Cozinha Solidária. O novo decreto do Governo Federal irá fornecer um apoio financeiro aos lugares onde já existe o programa, já que a iniciativa parte da ação organizada da sociedade civil. Temos feito esse debate de como articular políticas municipais, estaduais e federais para que elas possam de fato chegar aos mais necessitados. Pretendemos também capacitar as pessoas que trabalham nesse programa para acessarem esse recurso”, afirmou a deputada, segundo nota da Alerj.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 400 mil domicílios no Rio de Janeiro vivem em situação de insegurança alimentar moderada ou grave. No estado, existem 302 cozinhas solidárias, das quais 136 funcionam normalmente, 98 operam com capacidade parcial e 68 estão paralisadas.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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