Em reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, reforçou a importância de agilizar o processo de demarcação da Terra Indígena (TI) Nhanderu Marangatu, na cidade de Antônio João (MS).
A região é palco de um intenso conflito territorial, que se intensificou depois que indígenas Guarani-Kaiowá reivindicaram área sobreposta à Fazenda Barra durante retomada do território na última semana. Houve confronto com a polícia, que ocasionou em três pessoas feridas.
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Na última quarta-feira (18), outra ação de policiais militares contra a retomada culminou na morte de Neri Ramos da Silva, de 23 anos. De acordo com denúncias de organizações indígenas, o jovem foi baleado e morto por um policial durante a operação.
No encontro com Mendes, a ministra pediu celeridade no julgamento das ações relacionadas a homologação e demarcação do território que estão no STF, bem como o destravamento de processos paralisados em outras instâncias dos Tribunais Regionais Federais (TRFs).
Em nota publicada em seu perfil no Instagram, Sônia Guajajara destaca que o contexto de violência vivido pelos Guarani-Kaiowá ocorre em “um cenário de acirramento de conflitos que se estende na TI por conta da indefinição sobre o processo demarcatório”.
“Somente a conclusão do processo demarcatório e a posse plena do Território pode garantir a segurança e a vida dos indígenas e acabar com essa violência”, declara a chefe da pasta.