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Sônia Guajajara cobra do STF demarcação de terra indígena alvo de conflitos no MS

Reunião ocorre após assassinato de jovem indígena morto por disparo de policial no Mato Grosso do Sul; território é homologado, mas processo demarcatório segue parado no Supremo e em outras instâncias do judiciário há anos
Ministra Sônia Guajajara se encontra com Gilmar Mendes por demarcação em terra indígena Guarani-Kaiowá alvo de ataques.

Ministra Sônia Guajajara se encontra com Gilmar Mendes por demarcação em terra indígena Guarani-Kaiowá alvo de ataques.

— Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

20 de setembro de 2024

Em reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, reforçou a importância de agilizar o processo de demarcação da Terra Indígena (TI) Nhanderu Marangatu, na cidade de Antônio João (MS).

A região é palco de um intenso conflito territorial, que se intensificou depois que indígenas Guarani-Kaiowá reivindicaram área sobreposta à Fazenda Barra durante retomada do território na última semana. Houve confronto com a polícia, que ocasionou em três pessoas feridas. 

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Na última quarta-feira (18), outra ação de policiais militares contra a retomada culminou na morte de Neri Ramos da Silva, de 23 anos. De acordo com denúncias de organizações indígenas, o jovem foi baleado e morto por um policial durante a operação.

No encontro com Mendes, a ministra pediu celeridade no julgamento das ações relacionadas a homologação e demarcação do território que estão no STF, bem como o destravamento de processos paralisados em outras instâncias dos Tribunais Regionais Federais (TRFs).

Em nota publicada em seu perfil no Instagram, Sônia Guajajara destaca que o contexto de violência vivido pelos Guarani-Kaiowá ocorre em “um cenário de acirramento de conflitos que se estende na TI por conta da indefinição sobre o processo demarcatório”.

“Somente a conclusão do processo demarcatório e a posse plena do Território pode garantir a segurança e a vida dos indígenas e acabar com essa violência”, declara a chefe da pasta. 

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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