A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, foi eleita presidente do Conselho Executivo do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe (Filac). O anúncio foi realizado na semana passada durante a XVII Assembleia Geral, em Caracas, na Venezuela. Essa é a primeira vez que um representante brasileiro vai presidir o fundo, que possui 32 anos de existência.
Formado pelos países da América Latina e também por Portugal, Espanha e Bélgica, a entidade promove o apoio e o desenvolvimento de 826 povos indígenas latino-americanos, uma população estimada em 58,2 milhões de pessoas.
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Sob o tema “Rumo a um novo diálogo intercultural para a vida a partir da sabedoria dos povos indígenas”, delegações indígenas e governamentais dos países Brasil Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela participaram das reuniões preparatórias que nortearam as deliberações da Assembleia Geral.
Além de Guajajajra, foram nomeadas como vice-presidente a representante governamental da Espanha, Laura Oroz, e a representante indígena da Nicarágua, Myrna Cunningham Kain.
Os membros do Conselho Diretivo da FILAC também foram no congresso, com seis representações governamentais (Brasil, Venezuela, Peru, Guatemala, Panamá e Espanha) e seis representações de organizações indígenas (Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Nicarágua e Uruguai).
“Vamos nos unir como diretoria do FILAC por meio de um processo de diálogo, cooperação e tomada de decisões conjuntas. Essa colaboração é essencial para garantir que as políticas e ações do fundo sejam equitativas, inclusivas e alinhadas com as necessidades e aspirações dos povos indígenas na América Latina e no Caribe”, afirmou Sonia Guajajara.
Para a nova presidente, “a colaboração entre representantes de governos e indígenas na diretoria do Filac vai permitir a construção de um futuro justo, sustentável e inclusivo para todos”.