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STF sugere metas para redução da letalidade policial no Rio de Janeiro

Nota técnica emitida por grupo de trabalho do STF recomenda que familiares de vítimas de violência policial participem das investigações criminais
Na foto, policiais militares realizam operação no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Foto: Carl de Souza / AFP

4 de julho de 2024

Servidores do Supremo Tribunal Federal (STF) elaboraram uma nota técnica sugerindo a implementação de uma meta anual para a redução da letalidade policial no Rio de Janeiro. O documento foi anexado à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635, também conhecida como ADPF das Favelas.

O parecer foi solicitado pelo ministro e relator do caso Edson Facchin, que ainda avaliará o documento. As metas foram produzidas pelo Núcleo de Processos Estruturais e Complexos (Nupec), junto ao Núcleo de Solução Consensual de Conflitos (Nusol), grupos de trabalho do STF destinados a estudos sobre causas de alta complexidade.

A nota técnica sugere a criação de um protocolo para operações em regiões próximas às escolas e unidades de saúde, o treinamento de agentes policiais para o atendimento médico à população e a criação de normas que garantam a participação dos familiares de vítimas em investigações.

Entre as demais sugestões estão a garantia da autonomia técnica e funcional para a polícia científica, a divulgação de dados sobre mortes por intervenção policial no estado e a criação de comissão para monitoramento das medidas que forem determinadas pelo Supremo.

Os grupos de trabalho também recomendam que a decisão final do Supremo na ADPF torne obrigatório o acompanhamento psicológico para policiais envolvidos em mortes durante as operações.

As medidas foram sugeridas após reuniões realizadas entre dezembro de 2023 e junho deste ano, com a presença de todas as partes envolvidas no processo. Participam da ADPF a Secretaria de Segurança Pública do RJ, o Ministério Público (MP), as polícias civil e militar, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

De acordo com Facchin, o processo está previsto para ser julgado definitivamente no segundo semestre deste ano. Após a nota técnica, o ministro determinou que todos os envolvidos apresentem manifestações finais sobre o caso.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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