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Trancista baiana acusa Simone Tebet de uso indevido de imagem em campanha

Nas redes sociais, Negra Jhô informou que nunca teve nenhum diálogo com a candidata e que "providências cabíveis" já estão sendo tomadas; equipe de Tebet aponta que os conteúdos foram licenciados de um banco de imagens

Imagem mostra a trancista baiana Negra Jhô.

Foto: Foto: Reprodução/Campanha Simone Tebet

12 de setembro de 2022

Referência no ramo das tranças e do empoderamento negro na Bahia, a multiartista Valdemira Sacramento, conhecida como Negra Jhô, acusa a candidata à presidência Simone Tebet (MDB) por uso indevido da imagem dela para a campanha eleitoral da senadora.

Nas redes sociais, Negra Jhô informou que a imagem foi utilizada sem autorização dela e ressaltou que nunca teve nenhum tipo de contato pessoal com a candidata.

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“Eu, Valdemira Telma de Jesus Sacramento, conhecida no Brasil pelo nome artístico e social de Negra Jhô, venho a público repudiar o uso indevido e, sem autorização da minha imagem na campanha eleitoral da candidata Simone Tebet, a qual nunca tive nenhum tipo de diálogo ou contato pessoal”, escreveu a profissional em um dos trechos da nota de esclarecimento.

Em seguida, Jhô também destacou que “Todxs sabem da minha índole, ética e compromisso com o meu povo preto”.

Além de trancista, Negra Jhô também é uma das expoentes da emancipação da identidade negra em Salvador. Com um estúdio de tranças e turbantes no Pelourinho, centro histórico de Salvador, Jhô contribui, desde os anos 70, para o movimento do empoderamento crespo, da estética e ancestralidade negra.

Em nota enviada à Alma Preta Jornalismo, a assessoria da candidata Simone Tebet informou que a imagem foi adquirida por meio da plataforma de imagens “Shutterstock” e que a foto “foi licenciada rigorosamente dentro das normais legais”.

A equipe da candidata também enviou prints dos arquivos que foram licenciados para serem utilizados na campanha e destaca que “Mesmo diante disso, em razão e respeito às posições políticas da detentora, nossa campanha não vai mais fazer uso da mesma”.

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A reportagem entrou em contato com Negra Jhô para solicitar quais providências já foram tomadas em relação ao caso, mas não obtivemos resposta até o fechamento da matéria.

Leia também: Negra Jhô: liderança religiosa recebe o título de Doutora Honoris Causa

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