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Vereadora Rute Costa, do PL, é denunciada por declaração LGBTfóbica na Câmara de SP

Vereadora Rute Costa chamou de "covarde" o ato de casais levarem seus filhos à Parada LGBTQIAPN+
A vereadora Rute Costa (PL)

Foto: André Bueno/Rede Câmara

2 de outubro de 2024

Na terça-feira (1º), a vereadora Luana Alves (PSOL) protocolou uma denúncia contra Rute Costa (PL) no Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) por LGBTfobia.

A denúncia, assinada também por coletivos como Aliança LGBTI+ e Mães da Resistência, além de ativistas como o professor Renan Quinalha, foi motivada por um fala de Rute apontada como discurso de ódio.

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Durante sessão plenária em 5 de junho deste ano, a vereadora criticou a presença de crianças na Parada do Orgulho LGBTQIAPN+, usando termos como “infame” e “covarde” para descrever a participação de famílias no evento, que atrai milhares de turistas à capital.

Ao ser confrontada por Luana Alves, que lembrou que LGBTfobia é crime e defendeu o direito das famílias LGBTQIAPN+ participarem do evento, Rute insistiu em sua crítica, afirmando que era “covarde utilizar crianças em ideologias” e pediu a intervenção de autoridades como o Conselho Tutelar.

Luana rebateu: “É um absurdo o que a senhora está dizendo… Se vossa excelência for ao Conselho Tutelar questionar pessoas que levaram seus filhos para a Parada LGBT+, que é direito delas, vossa excelência vai responder criminalmente”.

Imagem da vereadora Luana Alves (PSOL-SP), que protocolou no Ministério Público de São Paulo, nesta terça-feira (1º), uma denúncia contra a parlamentar Rute Costa (PL-SP) por LGBTfobia.
A vereadora Luana Alves (PSOL). (Foto: Reprodução)

Em retaliação à intervenção de Luana, a bancada do PL, composta pelos vereadores Isac Félix, Gilberto Nascimento, Fernando Holiday, Sandra Tadeu, Sonaira Fernandes e Rute Costa, entrou com um requerimento na Corregedoria da Câmara Municipal, pedindo a suspensão do mandato de Luana Alves, acusando-a de quebra de decoro parlamentar e de calúnia contra Rute. A votação do pedido foi adiada para a semana seguinte, após ter sido incluída na pauta de 27 de setembro.

Para Alves, é lamentável ver que vereadores se sentem confortáveis em atacar a comunidade LGBTQIAPN+ mesmo durante a atividade parlamentar dentro da Câmara Municipal. 

“Deveríamos estar debatendo estratégias de redução da violência LGBTfóbica na cidade de São Paulo, mas o que estamos vendo é a perseguição de um mandato LGBT+ por se colocar contra falas que são responsáveis pela manutenção dessa violência. É um absurdo, uma inversão completa de prioridades sobre qual é o papel da Câmara Municipal”, declarou a vereadora, em nota à imprensa.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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