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‘É o coletivo que faz acontecer’: Giovanna Pitel reflete sobre importância de vencer a individualidade

A apresentadora e assistente social reflete sobre como o isolamento pode parecer a solução em tempos difíceis
A apresentadora e assistente social Giovanna Pitel.

A apresentadora e assistente social Giovanna Pitel.

— Divulgação/Giovanna Pitel

16 de fevereiro de 2025

O mundo tem nos desafiado, mais do que nunca, a enfrentar a violência, a intolerância e a desigualdade. Em meio a isso, a tentação de se isolar e focar na própria sobrevivência tem se tornado cada vez mais comum. A apresentadora e assistente social Giovanna Pitel compartilhou recentemente nas redes sociais suas reflexões sobre como a individualidade pode se tornar uma armadilha, um caminho que, embora tentador, pode nos consumir. Ela admite ter se sentido vencida por esse sentimento, mas acredita que a solução não está em se isolar, mas em fortalecer os laços coletivos.

Em um mundo marcado pela polarização e pela crise social, muitas vezes nos pegamos pensando que somos pequenos diante de tantos problemas. A sensação de impotência pode ser esmagadora. É mais fácil olhar para o futuro e imaginar que a única forma de sobreviver é se fechar, focar em si mesmo, e tentar salvar o que resta de nossa paz interior.

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Giovanna, porém, reflete sobre como esse caminho, embora momentaneamente reconfortante, nos distorce de uma verdade fundamental: a solidariedade e a união são os únicos meios de transformação real e duradoura.

A artista, que sempre acreditou na importância da união e da coletividade, nos lembra de que o sistema se alimenta de parte da nossa solidão. Quando nos isolamos, quando acreditamos que o único caminho é salvarmos a nós mesmos, somos vencidos por um sistema que nos aprisiona. Para não sermos consumidos por esse ciclo, é essencial fortalecer os laços e a construção de um futuro mais justo para todos.

Confira a seguir a entrevista de Giovanna Pitel concedida a Felipe Ruffino, colunista da Alma Preta:

Giovanna Pitel, você menciona em sua fala a sensação de ser “vencida” pelo isolamento. O que te fez mudar de opinião sobre a importância do coletivo, especialmente em tempos tão difíceis como os que estamos vivendo?

Acreditar que juntos somos melhores, perceber ao nosso redor que tudo funciona por quê muita gente trabalha para isso. Minha função como indivíduo é acreditar e tentar fazer com que os espaços que a gente tem sejam melhores para todos, afinal é o coletivo que de fato faz acontecer.

O que significa, para você, praticar a “justiça coletiva e social” no dia a dia? Quais ações pequenas e individuais podem se transformar em um movimento maior de mudança?

É a luta por direitos, é enxergar as necessidades do outro e tentar fazer o melhor para eles, sejam em ações que parecem individuais nos nossos dias ou se organizando coletivamente por propósitos que você acredita e mais importante: não se deixar ser engolido por momentos sombrios e de perdas sociais.

Em um contexto social tão fragmentado e violento, como você enxerga o papel da mídia e das figuras públicas no incentivo à união e na resistência ao sistema opressor?

Aproveitando todo assunto gerado através do filme “Ainda Estou Aqui”, sempre vou acreditar que pode até ser mais confortável se render, mas isso significa que a gente perdeu a humanidade e se tornou egoísta, Eunice Paiva monstra que a justiça é incansável e ele vem, não como gostaríamos, mas é esperança mesmo em tempos sombrios, que personalidades da mídia consigam cada vez mais conscientizar seus públicos para que a gente não deixe de acreditar que é possível.

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  • Felipe Ruffino

    Felipe Ruffino é jornalista, pós-graduado em Assessoria de Imprensa e Gestão da Comunicação, possui a agência Ruffino Assessoria e ativista racial, onde aborda pautas relacionada à comunidade negra em suas redes sociais @ruffinoficial.

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