Por: Felipe Ruffino*
O Kwanzaa, uma festa significativa que se inicia em 26 de dezembro e se estende por sete dias, representa um elo vital entre a diáspora africana e suas ricas tradições. Essa celebração, que culmina em uma grande festa no dia 1º de janeiro, não é apenas um evento sazonal; é uma oportunidade para aproximar a comunidade negra e reconectar-se com as raízes culturais ancestrais.
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Instituído em 1966 pelo Dr. Maulana Karenga nos Estados Unidos, o Kwanzaa é uma celebração que destaca sete princípios fundamentais, conhecidos como Nguzo Saba. Cada um desses princípios representa valores como unidade, autodeterminação, trabalho coletivo, responsabilidade, cooperação, propósito e criatividade. Através desses princípios, o Kwanzaa visa fortalecer os laços comunitários e promover uma reflexão sobre os valores fundamentais que sustentam a coletividade.
O Kwanzaa é mais do que uma simples festividade; é um ato de resistência cultural e uma expressão de orgulho nas raízes africanas. Ao longo dos sete dias, as comunidades negras se reúnem para acender as velas da Menorah Kinara, representando cada um dos sete princípios. Cada dia é dedicado a refletir sobre um desses princípios e a incorporá-lo nas práticas diárias.
A festa no dia 1º de janeiro marca não apenas o encerramento do Kwanzaa como também um momento de alegria, partilha e fortalecimento da comunidade. Essa festividade proporciona uma oportunidade para reunir amigos, familiares e membros da comunidade em um ambiente de celebração e apoio mútuo.
O Kwanzaa também é uma forma de preservar e revitalizar as tradições africanas que foram muitas vezes perdidas ou apagadas ao longo dos anos devido à diáspora. Ao incorporar elementos da cultura africana nas celebrações, o Kwanzaa serve como um meio de reconexão com a herança ancestral, oferecendo uma plataforma para a transmissão de conhecimentos e valores às gerações futuras.
Neste contexto, o Kwanzaa desempenha um papel crucial na construção de uma identidade coletiva e no fortalecimento da comunidade negra. Ao celebrar esses princípios, os participantes reafirmam seu compromisso com a solidariedade, o progresso e a preservação da cultura africana. A festividade não apenas ilumina a trajetória histórica, mas também lança luz sobre um futuro onde as tradições africanas são cultivadas e celebradas com orgulho.
Em última análise, o Kwanzaa é uma celebração que transcende o calendário, transformando-se em um catalisador para a união e a preservação da rica tapeçaria cultural da diáspora africana. Ao reconectar-se com as tradições ancestrais, a comunidade negra fortalece suas raízes e constrói um legado duradouro de resiliência, unidade e celebração. Que o Kwanzaa continue a iluminar nossos caminhos, guiando-nos rumo a um futuro de prosperidade compartilhada e respeito pelas nossas origens.
*Felipe Ruffino é jornalista, pós graduado em Assessoria de Imprensa e Gestão da Comunicação, possui a agência Ruffino Assessoria e ativista racial, onde aborda pautas relacionada à comunidade negra em suas redes sociais @ruffinoficial.