Na cobertura audiovisual do ato “Vidas Negras Importam”, no domingo (7), em São Paulo e no Rio de Janeiro, o Alma Preta ouviu as motivações das pessoas que foram às ruas; veja os vídeos
Texto: Nataly Simões | Imagem: Pedro Borges
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Ao todo, aproximadamente 15 mil pessoas participaram do ato “Vidas Negras Importam” nas duas maiores capitais do país, São Paulo e Rio de Janeiro. As manifestações, que também foram registradas em outras cidades brasileiras, representam a ampliação das discussões acerca das questões raciais.
Com faixas e cartazes, os manifestantes pediram por mudanças sociais e pelo fim do genocídio negro. “Nos últimos tempos, tem se intensificado o número de mortes de jovens e crianças pretas nas periferias de todo o Brasil, haja vista os dois meninos chamados ‘João’ no Rio de Janeiro e que foram mortos brutalmente pela polícia, além das mortes que são ocultadas e não chegam aos ouvidos do movimento social negro. Então, neste momento, não é só um ato. É um momento de resistência”, explica um dos manifestantes [veja entrevista mais a abaixo].
A violência policial, mesmo diante da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, estava entre as principais motivações das pessoas que foram às ruas. “Ao mesmo tempo em que estávamos freando a política de morte nas periferias porque o auxílio emergencial estava atrasado e porque o nosso povo nunca pode deixar de trabalhar para fazer isolamento, aumentou a repressão policial. Aqui em São Paulo, no primeiro trimestre, uma pessoa negra morreu a cada 16h por causa da repressão da polícia”, afirma Simone Nascimento, integrante do Movimento Negro Unificado (MNU).
Confira o vídeo da cobertura do Alma Preta em São Paulo:
Confira o vídeo da cobertura do Alma Preta no Rio de Janeiro: