PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Pesquisar
Close this search box.

‘Nosso desafio é tirar o paciente do estado grave e devolvê-lo para família’, diz profissional de saúde da Brasilândia

Hospital-Geral da Vila Penteado atendeu 40% das pessoas que apresentaram quadro grave e morreram em decorrência da contaminação pelo novo coronavírus na periferia da Zona Norte de São Paulo

10 de junho de 2020

Texto: Nataly Simões | Imagem: YouTube/Alma Preta

Selecionado pela Secretaria Estadual da Saúde no início da pandemia para atender exclusivamente às vítimas da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o Hospital Geral da Vila Penteado – Dr José Pangella, localizado na Brasilândia, Zona Norte da cidade de São Paulo, precisou se reestruturar para as demandas do bairro mais atingido pelo vírus.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Em entrevista ao Alma Preta, o diretor técnico de saúde Carlos Alberto de Castro Soares conta que em maio o hospital atingiu seu nível máximo, com todos os leitos de enfermaria e de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) ocupados. A unidade atendeu 40% das pessoas que morreram em decorrência da Covid-19 na Brasilândia.

“Os pacientes que temos atendido chegam na unidade com um quadro mais grave de saúde e a maioria mora na Brasilândia. Nossa equipe convive com duas realidades, a da recuperação e a do óbito. O maior desafio é tirar o paciente do quadro grave e devolvê-lo ao seio familiar”, afirma.

Segundo o profissional de saúde, o hospital registrou 113 óbitos em 60 dias e 279 pessoas foram curadas. “Tem morrido mais gente por conta da existência de comunidades”, explica. O profissional acrescenta que a taxa de contaminação do vírus ainda deve chegar ao seu pico. “Temos ouvidos de nossos especialistas que até o dia 15 deste mês vamos ter um pico absurdo de contaminação”.

O Hospital Geral da Vila Penteado também tem se reestruturado para acolher os profissionais de saúde que estão na linha de frente da pandemia e que apresentam quadros emocionais mais delicados, que podem desencadear problemas como depressão. Confira a entrevista na íntegra:

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano