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Negros são quase metade dos trabalhadores de ONGs e ganham menos que os brancos

17 de dezembro de 2020

Segundo estudo, homens brancos recebem os maiores salários e as mulheres negras os menores

Texto: Flávia Ribeiro | Edição: Nataly Simões | Imagem: Fauxels/Pexels

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Profissionais negros são quase metade (46%) das pessoas que atuam em organizações não governamentais e associações de defesa de direitos sociais e recebem uma remuneração em média 27% inferior a de profissionais brancos. As informações são do estudo “Quantos Somos? – Levantamento sobre a empregabilidade de pessoas negras nas organizações da sociedade civil entre 2015-2019”, realizado pela Associação Brasileira de ONGs (Abong), a partir de dados da Relação Anual de Indicadores Sociais (Rais), do Ministério da Economia, entre 2015-2019. A ação faz parte de uma investigação mais ampla, que ainda não foi concluída, sobre as Organizações da Sociedade Civil (OSCs).

A remuneração mais comum nas Associações/ONGs vai de meio até três salários mínimos. Os homens brancos são maioria, quase 45%, no grupo que recebe os salários mais altos, ou seja, mais de 20 salários mínimos. Na base da pirâmide remuneratória, estão as mulheres negras que formam a maioria nas faixas que representam os menores salários. Já as mulheres brancas, têm maior participação (35%) na faixa média, de 10 a 15 salários mínimos, e ganham mais que os homens negros e as mulheres negras.

Na análise da idade com o cruzamento de raça, faixa remuneratória e gênero, o estudo demonstra que em 2019 as mulheres e os homens negros foram 75,30% dos profissionais que recebem até meio salário mínimo. Esses trabalhadores são majoritariamente jovens de 15 a 24 anos. Entre 2016 e 2018, a presença de homens adolescentes negros, nessa faixa etária, passou de 11,35% em 2016, a 35,07%, em 2018. Em 2019, os jovens negros representaram 26,43% das pessoas que ganham até meio salário mínimo nas ONGs. No mesmo período, a participação de jovens brancos foi de 7,04%.

O estudo é considerado como a maior apuração já realizada no Brasil sobre o setor, que gera 2,3 milhões de postos de trabalho no país. Dentre os dados publicados está a queda na participação de pessoas brancas na força de trabalho das ONGs entre 2015 e 2018. Porém, em 2019, houve um leve aumento do grupo, que representa 157.944, ou seja 52,81% da força de trabalho.

Enfrentamento ao racismo institucional

Além do levantamento, a Abong divulgou a “Cartilha de Enfrentamento ao Racismo Institucional nas OSCs: orientações para o reconhecimento e responsabilização”, elaborada em parceria com a Ação Educativa, que atua nos campos da educação, cultura e juventude na perspectiva dos direitos humanos.

A publicação faz questionamentos, como: “O que a instituição está fazendo ativamente para prevenir e enfrentar o racismo?” e “Quais as interpretações dos profissionais sobre as relações raciais estabelecidas na instituição?”, que servem como ponto de partida para mudar a situação nas OSCs. Além disso há a proposta de medidas como a organização de fóruns de sensibilização para a temática, investimento na educação continuada sobre relações raciais e de gênero e a criação de instâncias de acolhimento e ouvidoria ativa de casos de racismo e outras formas de assédio dentro das organizações.

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