O desfile realizado nesta sexta (26) gerou polêmica entre o estilista e alguns críticos por algumas peças usarem o rosto da ex-vereadora
Texto / Simone Freire
Imagem / SPFW
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O desfile do estilista Ronaldo Fraga na edição deste ano no São Paulo Fashion Week, realizado na sexta-feira (26), gerou fortes polêmicas por seu conteúdo.
Inspirado nos painéis Guerra e Paz, de Candido Portinari, Fraga levou para a passarela peças alvejadas por tiros, marcas de sangue e algumas imagens de Marielle Franco, assassinada em março de 2018.
“Se Portinari fosse pintar Guerra e Paz hoje com certeza não iria ignorar o genocídio de negros e pobres nesse país. E mais ainda: não iria ignorar o maior símbolo dessa luta, que é Marielle Franco. A moda pode falar de tudo. Do belo, da rica Miami, das ilhas gregas, e pode falar também da vida real. E eu sempre optei por esse caminho”, disse o estilista.
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No entanto, Fraga foi criticado por usar as imagens da ex-vereadora para capitalizar e não ter entrado em contato previamente com a família. No domingo (28), a irmã de Marielle, Anielle Franco, escreveu em suas redes sociais que se incomodou com a exposição da irmã no evento e caracterizou o uso da imagem da irmã como indevida.
Ela também elogiou a atitude do estilista que, por telefone, a procurou para se desculpar e explicar que a coleção não será comercializada, mas que as peças com o rosto de Marielle serão doadas à famÍlia.
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