Filmes tratam sobre a dimensão do sagrado, e refletem a oralidade, o matriarcado e a religiosidade
Texto / Lucas Veloso I Imagem / Divulgação I Edição / Pedro Borges
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“Se hoje eu sou uma mulher negra, cineasta, eu devo aos meus mais velhos. À todas as mulheres e homens negros, que me antecederam e abriram caminhos para ser quem eu sou”. As palavras são de Milena Manfredini, responsável pela Mostra de Cinema Narrativas Negras.
A iniciativa tem o objetivo de discutir, refletir e promover formação com base na filmografia de realizadoras e realizadores negros. Na próxima terça-feira (18), acontece a quarta edição, no Museu de Arte do Rio.
Nesta desta vez, a homenageada será a Mãe Celina de Xangô, importante Yalorixá da zona portuária do Rio de Janeiro. Ela foi responsável pela identificação dos objetos sagrados no processo de escavação do Cais do Valongo – importante lugar de memória para os negros, além disso, sua atuação política e religiosa enquanto sacerdotisa do candomblé.
“Homenagear essa personalidade na atual conjuntura política na qual terreiros de candomblé são constantemente invadidos e perseguidos por uma notória ação motivada pelo racismo religioso e estrutural se faz mais que necessário”, defende Milena. “Aliás, é essencial iniciar esse ciclo com uma mulher, pois todos nós viemos delas. As mulheres são a origem de tudo”, completa.
Os filmes apresentados serão: Merê, de Urânia Munzanzu, Do que aprendi com minhas mais velhas, de Susan Kalik e Onijasé, Fé, de Clementino Júnior e Pequena África, de Arthur Pereira e Macário, que conta como uma lei definida pela Inglaterra não impediu o tráfico negreiro.
Data | Terça-feira, 18 de junho de 2019 de 14:00 a 19:30
Local | Praça Mauá, 5, Centro, 20081-240 Rio de Janeiro
Mais informações podem ser vistas no link do evento.