PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Concurso público em Santa Luzia (MG) aborda conteúdo sobre negritude e discriminação

4 de dezembro de 2019

Autor de três livros, Hamilton Borges tem obra sobre violência policial e racismo abordada em seleção para o serviço público

Texto / Juca Guimarães | Edição / Simone Freire | Imagem / Divulgação

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A produção cultural de autores negros brasileiros está ganhando destaque e relevância no Brasil. A prova de português do concurso para profissionais de apoio para a área de Pedagogia em Santa Luzia (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, teve questões sobre a obra “Livro Preto de Ariel”, lançado este ano pelo escritor baiano Hamilton Borges.

O livro conta a história de um jovem negro que mora na periferia de Salvador e é acusado de um crime que não cometeu. Sem um julgamento justo, o garoto vai parar no cárcere, onde são amontoados os corpos negros vítimas da estrutura de racismo e de genocídio da população negra e também em outras regiões do Brasil.

Os candidatos do concurso tiveram que identificar a crítica social apresentada na obra e também a da literatura que é um ponto de salvação do personagem do livro, que foi lançado pela Editora Reaja.

“As perguntas foram fortes do ponto de vista dos direitos humanos. Achei importante que as relações raciais que estão no livro, o ódio anti-negro, estarem nas questões. É importante que as pessoas pensem sobre isso”, disse o autor.

Borges também é autor de “Teoria Geral do Fracasso” (2017) e “Salvador, cidade túmulo” (2018). O romance “Livro Preto de Ariel” é baseado em fatos reais quando aborda a invasão da Polícia Militar nas favelas de Salvador.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano