Texto: Pedro Borges / Edição de Imagem: Pedro Borges
Antes dos diálogos sobre o tema, acontece a exposição do filme “Todos a Bordo”, do cineasta Spike Lee, como forma de provocação
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
No dia 18 de dezembro, domingo, das 13h às 16h, o Ciclo de Formação Marcus Garvey – África e Diáspora propõe um debate sobre a construção da masculinidade do homem negro. A atividade acontece no Espaço Cultural Julio Guerra, na Praça Floriano Peixoto, Santo Amaro, e as inscrições podem ser feitas aqui. É preciso confirmar a participação com o envio de um e-mail para o [email protected], junto com uma foto colorida em anexo.
O Ciclo de Formação Marcus Garvey acredita na necessidade de retomar os princípios africanos para uma relação saudável entre homens pretos e mulheres pretas. “Quando pensamos em povo preto – e só dá pra pensar homem preto dentro do contexto de povo – temos duas coisas a considerar: nossa origem e nosso estado atual. A masculinidade preta dentro das sociedades tradicionais africanas sempre foi construída em complementaridade com a feminilidade preta. Isso é Ubuntu: o homem existe a partir da mulher, a mulher existe a partir do homem, quem tem mais idade existe em relação com quem nasceu agora, quem nasceu agora tem relação com quem tem mais idade”.
A discussão reflete sobre a construção da masculinidade do homem preto dentro de uma sociedade racista e de um histórico de opressão de toda comunidade negra, de acordo com os organizadores. “Precisamos ver como séculos de racismo, invasões, escravização que nosso povo sofreu e resistiu afetam a construção da masculinidade, o quanto isso deformou nossos valores, nosso caráter, nossa forma de vida como homens e como povo”.