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Potência ancestral dos povos africanos é destaque de exposição em Belém

Mostra fica aberta ao público até 17 de dezembro no Parque Zoobotânico
Imagem mostra três mulheres negras admirando alguns artefatos históricos na exposição "Diásporas"

— Janine Valente

5 de dezembro de 2023

Em exibição desde novembro de 2022, a exposição “Diásporas” já recebeu mais de 100 mil pessoas no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém (PA). A mostra, que reúne um conjunto de peças do acervo do Museu Goeldi, fica aberta ao público até o dia 17 de dezembro e contará com uma programação temática com roda de conversa, literatura e dança para marcar o fim do ciclo da exposição.

Dividida em três partes: “Imagens humanas”, “Emblemas de poder e prosperidade” e “A arte das Kuja”, a exposição trouxe como proposta uma contra-narrativa sobre a cultura negra e suas tecnologias ancestrais, com o intuito de humanizar o imaginário da sociedade acerca dos povos africanos e enaltecer a engenhosidade, a beleza e toda a potência ancestral de nossos antepassados.

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Desde o incêndio no Museu Nacional, em setembro de 2018, o Museu Goeldi e suas coleções científicas se tornaram as relíquias mais antigas do Brasil. A grande maioria do material que compõe a exposição foi doado ao Museu Goeldi ainda na década de 1930.

Do vasto acervo, que não estava acessível ao público geral há quase 40 anos, foram selecionadas algumas peças que reforçam a ideia central da exposição, como estatuetas antropomórficas, armas cerimoniais e as Kuja (cuias). A curadoria foi feita em colaboração com o Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (CEDENPA).

A exposição reúne artefatos oriundos das atuais República de Angola; República Democrática do Congo; República Gabonesa; República da Guiné-Bissau; República do Sudão; República do Zimbabwe e República de Moçambique. Além de comunidades no Suriname, na América do Sul. 

A entrada no Parque Zoobotânico custa R$ 3, com gratuidades e meia-entrada previstas em lei. O ingresso já inclui a visita a todas as exposições e espaços públicos do local.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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