Prestes a completar 60 anos da ditadura militar (1964-1985) o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) demonstrou apoio para a criação do “Memorial Casa da Morte” em Petrópolis, no Rio de Janeiro. A iniciativa busca preservar a memória das vítimas e dos desaparecidos durante o regime.
Em parceria com a prefeitura de Petrópolis, o MDHC busca soluções para desapropriação do imovel que dará lugar ao “Memorial de Liberdade, Verdade e Justiça”. O Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício à Universidade Federal Fluminense para que a instituição integre a gestão ao espaço por conta de sua expertise sobre a ditadura.
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A “Casa da Morte” era utilizada por órgãos de repressão do exército. O lugar foi um centro clandestino de tortura e assassinato de adversários políticos do regime. Estima-se que pelo menos 22 pessoas foram executadas no imóvel durante a ditadura militar.
A única presa política que sobreviveu à casa, Inês Etienne Romeu, disse em depoimento à Comissão nacional da Verdade (CNV) que sofreu tortura, violência sexual e humilhação por parte dos militares entre maio e agosto de 1971, período que esteve presa. Romeu faleceu em 2015 por causas naturais.
O imóvel é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o que torna uma garantia de preservação do espaço.