O ex-jogador de futebol Daniel Alves, condenado por estupro na Espanha, deixou, nesta segunda-feira (25), a prisão onde cumpre pena por estupro na Espanha, após pagar uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,3 milhões na cotação atual), constataram jornalistas da Agence France-Press.
Ele entrou em um veículo que o aguardava para deixar o local e saiu sem dar declarações aos vários jornalistas que esperavam por sua saída.
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Horas antes, o brasileiro havia depositado a fiança imposta pela Justiça na semana passada para que tivesse direito a liberdade provisória enquanto os recursos de sua condenação fossem examinados.
“A fiança de 1 milhão de euros é declarada suficiente (…) e, em consequência, é decretada a liberdade”, diz a decisão do tribunal.
Alves estava detido na prisão de Brians 2, situada a cerca de 40 km de Barcelona, desde o final de janeiro de 2023. O ex-jogador, de 40 anos, foi condenado a quatro anos e meio de prisão por estuprar uma mulher no banheiro de uma boate na cidade espanhola no final de 2022. Além disso, recebeu a pena de cinco anos adicionais de liberdade vigiada, ordem de distanciamento da vítima por nove anos e meio, e uma indenização de 150 mil euros.
A sentença foi recorrida tanto pela defesa de Daniel, que durante o julgamento pediu sua absolvição, quanto pelo Ministério Público, que quer aumentar a pena.
A liberdade provisória foi concedida um dia após a defesa de Alves alegar que ele já havia cumprido um quarto da pena recebida, o que o habilitaria a acessar benefícios penitenciários em caso de sentença final. O tribunal impôs diversas condições para sua liberdade provisória, incluindo a apreensão de seus passaportes, apresentação semanal à Audiência, proibição de sair da Espanha e de se aproximar da vítima.
Apesar de sua carreira bem-sucedida no futebol de elite, Daniel Alves levou dias para levantar o valor da fiança. Seu pai, que o ajudou financeiramente após a detenção, negou assisti-lo agora que foi condenado. A defesa do jogador afirmou que sua situação financeira foi afetada pela prisão em janeiro de 2023, resultando na rescisão de seu contrato com o Pumas, do México, e litígios com a Receita espanhola.
O tribunal, ao conceder a liberdade provisória, impôs outras condições, como a apreensão de seus passaportes, apresentação semanal à Audiência, proibição de sair da Espanha e de aproximar-se da vítima.