Uma pesquisa do Ministério Público do Trabalho (MPT), divulgado na última segunda-feira (25), em Brasília, apresenta um cenário trabalhista desigual para mulheres, em especial para mulheres negras. Conforme os dados, elas recebem o equivalente a 66,7% da remuneração das mulheres brancas (R$ 4.552).
Em valores, o salário médio das mulheres negras é de R$ 3.040,89, enquanto o de homens brancos é de R$ 5.718,40, uma disparidade de 53,17%.
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As informações são do “1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios”, criado em conjunto com o Ministério das Mulheres. O levantamento ouviu cerca de 49.587 mil estabelecimentos com 100 ou mais empregados.
No geral, retirando o recorte racial, as mulheres seguem recebendo menos do que os homens. O documento demonstra uma diferença de 19,4% na média salarial entre homens e mulheres.
É importante ressaltar que, ainda que recebam mais que mulheres, o estudo indica uma diferença considerável no salário entre homens brancos e negros.
Homens brancos recebem em média 33% a mais do que os homens negros (R$ 3.844). Mulheres brancas também recebem mais que os homens negros, com uma diferença de aproximadamente 26%. Este é o único recorte no qual a remuneração masculina é menor do que a feminina.
No lançamento do relatório, o MPT também divulgou o aumento nas denúncias envolvendo discriminação salarial entre homens e mulheres. De 2022 para 2023, as denúncias tiveram alta de 217%.