PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Campeã do carnaval carioca, Viradouro vai homenagear líder quilombola em enredo de 2025

Com o tema "Malunguinho, o mensageiro de três mundos", escola de samba inicia caminhada rumo ao carnaval de 2025
Desfile da Unidos do Viradouro durante o Carnaval 2024.

Foto: Pablo Porciuncula / AFP

10 de abril de 2024

A Unidos do Viradouro, atual campeã do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, anunciou o enredo escolhido para o desfile de 2025. Desenvolvido pelo carnavalesco Tarcisio Zanon, “Malunguinho, o mensageiro de três mundos” vai exaltar a saga do líder quilombola João Batista, o Malunguinho.

O anúncio foi feito em publicação nas redes sociais. No vídeo de divulgação, o líder do quilombo do Catucá, localizado em Pernambuco, aparece sendo perseguido até encontrar indígenas em uma floresta, onde adquire conhecimentos ancestrais e se torna uma importante entidade afro-indígena.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

“É com a companhia poderosa dessa entidade afro-indígena, que se manifesta como Caboclo, Mestre e Exu/Trunqueiro, que a Viradouro dá início à caminhada rumo ao Carnaval 2025”, anuncia a publicação.

A escola explica que a história de Malunguinho se passa em Pernambuco, na primeira metade do século 19. “O quilombo do Catucá era foco de resistência e viu seu último líder, João Batista, o Malunguinho, ser duramente perseguido por seus atos libertários”, ressalta.

“Ao fugir das emboscadas, ocultou-se na mata e aprendeu com os indígenas o segredo da força das ervas. Assim, tornou-se Mensageiro de Três Mundos: Mata, Jurema e Encruzilhada. Malunguinho é o dono da chave mágica para abrir senzala e fechar o corpo dos que a ele rogam proteção.”

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano