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Reino Unido aprova lei que deporta migrantes e confirma envio de presos a Ruanda

Apenas neste ano, cerca de 7.500 imigrantes chegaram ao país; o governo prevê que até julho 2.143 sejam enviados para a África
Um migrante sudanês está sendo ajudado por outras pessoas depois de não conseguir embarcar no barco de um contrabandista na tentativa de cruzar o Canal da Mancha, na praia de Gravelines, perto de Dunquerque, norte da França, em 26 de abril de 2024.

Foto: Sameer AL-Doumy/AFP

2 de maio de 2024

O parlamento do Reino Unido aprovou uma lei que permite que migrantes irregulares sejam expulsos para Ruanda, país da África Ocidental. O governo britânico confirmou, na quarta-feira (1º), que tem apreendido refugiados e preparado as medidas para dar início à política de imigração.

A lei consiste em enviar requisitantes de refúgio para a África enquanto suas solicitações são analisadas pelo sistema imigratório do Reino Unido. O governo conservador do primeiro-ministro Rishi Sunak prevê que em julho as deportações comecem. 

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O parlamento britânico considerou que Ruanda é um país seguro e revogou todas as emendas propostas pela oposição. A Suprema Corte do país informou em novembro que há motivos para acreditar que o envio dos imigrantes para o país africano poderia os expor a risco real de maus-tratos.  

Sunak, por sua vez, disse que faria o envio dos 5.700 migrantes aos poucos em pequenos barcos através do Canal da Mancha e que as “remessas” para Ruanda começariam em dez ou 12 semanas. De acordo com a AFP, cerca de 2.143 imigrantes já podem ser deportados. Apenas neste ano, mais de 7.500 migrantes chegaram ao Reino Unido, um recorde histórico. 

De acordo com o governo britânico, a lei tem o objetivo de convencer imigrantes ilegais a não entrar no país para derrubar redes de tráfico de pessoas, além de dissuadir as pessoas de fazer travessias perigosas, na qual cinco perderam a vida, um dia depois da aprovação da lei, no dia 22 de abril.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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